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Na estreia da TV, PT troca gerente por Dilma na cozinha

Tucano Aécio Neves atacou condução econômica do país e lembrou a volta da inflação. PSB homenageou Eduardo Campos, mas não citou Marina Silva

Por Da Redação
19 ago 2014, 13h43

Com quase o dobro do tempo dos seus principais adversários, a campanha da presidente-candidata Dilma Rousseff usou seu primeiro programa eleitoral na televisão, na tarde desta terça-feira, para tentar suavizar a imagem dura da petista, explicitando a primeira grande mudança na linha traçada pela equipe do marqueteiro João Santana para este ano: a “gerente” da campanha de 2010 deu lugar à personagem ligada à família, com ar emotivo em cenas cotidianas – até picando tomate e cozinhando macarrão.

A estreia da propaganda na TV também escancarou a desvantagem dos adversários da petista no tempo de exposição: enquanto Dilma tem 11 minutos e 24 segundos, o tucano Aécio Neves apareceu por 4 minutos e 35 segundos. A campanha de Eduardo Campos, morto em acidente aéreo na semana passada, que será herdada por Marina Silva, tem 2 minutos e 3 segundos.

Foi a campanha de Campos justamente a que abriu o programa na TV. Os dois minutos da coligação encabeçada pelo PSB foram usados para homenagear o ex-governador de Pernambuco, sem citações à futura candidata, Marina Silva, cuja chapa deverá ser oficializada até o final da semana.

Na sequência, Aécio usou seu espaço para criticar a administração Dilma e poupou Lula. “O Brasil que vinha bem perdeu o rumo”, afirmou. “Quando o governo vira problema, tudo vira problema”, disse. O foco foi a economia, estratégia que será repetida à exaustão pela campanha tucana: “Se a economia não cresce, ninguém cresce”, disse, lembrando os telespectadores dos índices crescentes da inflação no país nos últimos anos.

A campanha de Dilma dedicou a maior parte do tempo a apresentá-la como uma presidente que trabalha muito, mas arruma tempo para atividades cotidianas – o programa exibido à tarde tradicionalmente é direcionado ao público de donas de casa. Em seguida, o filme petista seguiu com uma enxurrada de números da gestão e imagens aéreas cinematográficas de plataformas de petróleo, indústria e da própria Dilma vistoriando de helicóptero as usinas da Região Norte do país na semana passada.

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O ex-presidente Lula apareceu duas vezes: inicialmente, para pedir um novo mandato para Dilma, a exemplo do que foi concedido a ele pelo eleitorado. “Ninguém se arrependeu de me dar o voto de novo. Você que está em dúvida, vote sem nenhum receio”, disse. Depois, fechou o programa pegando carona na comoção que tomou o país com a morte de Eduardo Campos. A exemplo do que fez no rádio pela manhã, Lula disse que tinha “relação de pai e filho” com Campos e repetiu a frase do ex-governador pernambucano que virou lema do PSB: “Não vamos desistir do Brasil”.

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Palanque eletrônico – Apesar da importância das redes sociais, a propaganda eleitoral na TV ainda é o principal meio de divulgação dos candidatos. “A campanha na televisão continua sendo a principal janela através da qual o grosso da população toma conhecimento das candidaturas e das propostas de governo”, diz o cientista político Paulo Kramer, professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB).

Às terças, quintas e aos sábados, serão 25 minutos em cada bloco diário para a propaganda dos candidatos a presidente. Os outros 25 minutos servirão para os candidatos a deputado federal. No rádio, a propaganda vai ser veiculadas às 7h e às 12h. Na televisão, às 13h e às 20h. Às segundas, quartas e sextas, o tempo será destinado aos candidatos a governador, senador e deputado estadual ou distrital.

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