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Mulher de Santana comprou Range Rover em loja usada por operadores de propina

Apesar de ela alegar ter feito a compra à vista em janeiro de 2013, Receita Federal diz que conta de Mônica Moura não registrou esse tipo de movimentação naquele período

Por Da Redação
24 fev 2016, 12h29

Em janeiro de 2013, Mônica Moura, mulher e sócia do marqueteiro do PT João Santana, comprou uma Range Rover, por 365.000 reais na mesma revendedora, em São Paulo, em que o doleiro Alberto Youssef e o operador de propinas Fernando Baiano adquiriram caminhonetes do mesmo modelo para presentear dois ex-diretores da Petrobras que se tornaram delatores da Operação Lava Jato.

O dado consta na Informação de Pesquisa e Investigação (IPEI) da Receita Federal, que analisou o patrimônio, receitas e movimentações financeiras e imobiliária do casal de marqueteiros do PT, dentro da força-tarefa da Operação Lava Jato.

“A contribuinte declara ter adquirido um veículo Range Rover 2012/2013 da empresa Autostar Comercial e Importadora Ltda, domiciliada na Avenida Morumbi, 6.989, São Paulo, pelo valor de 365 mil reais. Com pagamento à vista (depósito bancário)”, informa o documento da Receita, anexado ao pedido de prisão da Operação Acarajé, contra Santana e Mônica.

Além da Autostar ser a loja em que os operadores de propinas do esquema de corrupção haviam adquirido de maneira fraudulenta carros do mesmo modelo para presentear Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento, ligado ao PP) e Nestor Cerveó (ex-diretor Internacional, ligado ao PMDB), a Receita chama atenção para outro ponto considerado suspeito.

“Ocorre que na movimentação bancária de Janeiro de 2013, mês que a nota fiscal foi emitida, não houve movimentação financeira a débito na conta corrente da contribuinte”, registra IPEI de 11 de dezembro de 2015.

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Concessionária – A loja em que três investigados pela Lava Jato compraram modelos da marca Land Rover está na mira da força-tarefa desde 2014, quando foi descoberto que o carro usado pela mulher de Cerveró foi comprado no local – mesmo endereço do local de compra de Youssef para presentear Costa.

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No caso de Cerveró, os investigadores descobriram que apesar da mulher dele ter declarado que fez pessoalmente os depósitos em dinheiro do carro, foram funcionários da revendedora que realizavam os depósitos na conta.

Funcionários da Autostar foram ouvidos nos processos da Lava Jato, para falar sobre os carros dados para Costa e Cerveró. A Polícia Federal deve agora ouvir novamente pessoas ligadas à loja, para saber detalhes sobre a negociações do carro, registrado em nome de Mônica Moura.

(Com Estadão Conteúdo)

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