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Mulher de Braga Netto cobra 100.000 reais do Banco do Brasil na Justiça

Kathya Maria Paulafreitas Ancora Braga Netto moveu ação trabalhista contra instituição onde trabalhou por 30 anos e diz ter sofrido 'lesões de direito'

Por Ricardo Chapola
26 fev 2022, 14h56

A mulher do ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, cotado para ser candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições deste ano, protagoniza uma longa e silenciosa disputa judicial com o Banco do Brasil por supostamente não ter recebido seus direitos trabalhistas no período em que trabalhou na instituição. O banco, como se sabe, é um dos órgãos financeiros administrados pelo governo federal – do qual, aliás, seu próprio marido faz parte. Além de ser um dos principais ministros do governo Bolsonaro, Braga Netto ostenta ainda um dos salários mais polpudos de toda a Esplanada, no valor de 55.500 reais por mês – 28.200 reais na condição de ministro da Defesa, mais 22.300 reais a título de ser um general da reserva. 

Kathya Maria Paulafreitas de Moraes Ancora Braga Netto foi funcionária do Banco do Brasil entre 1983 e 2013. Começou na estatal como escriturária até chegar ao posto de assessora plena, cargo que ocupava quando pediu demissão. A mulher do general, no entanto, alega ter sofrido “lesões de direito” durante o período em que prestou serviços ao banco. A Justiça acolheu a ação feita por Kathya e tornou o Banco do Brasil réu no processo. Segundo cálculos contidos na sentença, a instituição deve pagar um valor estimado de mais de 100.000 reais a Kathya.

Dentre as reclamações, Kathya protesta por não ter recebido da instituição parte de seu salário, depois de trabalhar pelo número de horas previstas pela legislação. 

“As eventuais horas extras laboradas após a 8ª diária foram pagas de forma insuficiente, já que apuradas com  base no divisor incorreto. É o caso, pois, de demandar a Rte pelo recebimento de duas horas extras diárias, a partir de junho de 2007, bem como de diferenças de horas  extraordinárias pagas em contracheques (referentes às horas trabalhadas além da oitava diária), pelo correto divisor a ser considerado”, diz o texto no qual a mulher do general pede ainda que o Banco do Brasil seja condenado a pagar multas conforme reza a norma que disciplina a atuação da categoria. 

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Ainda de acordo com a ação, Kathya exige que todos os valores sejam devolvidos corrigidos conforme a inflação e a taxa de juros. A discussão, que já dura 8 anos, tramita no Tribunal Regional da 1º Região.  A petição inicial foi apresentada à Justiça em julho de 2014. O caso já foi analisado em segunda instância, depois de recursos movidos pela estatal e de algumas tentativas de conciliação – todas sem sucesso.

Procurado, o Banco do Brasil não quis comentar. Já os advogados que representam Kathya na ação não retornaram os contatos.

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