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MP não vê justificativa para empréstimo milionário a Bumlai

Para o Ministério Público, empresa de amigo do ex-presidente Lula passava por situação financeira crítica

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 ago 2016, 17h48 - Publicado em 19 ago 2016, 17h31

O Ministério Público Federal no DF concluiu que não houve justificativa para que o BNDES emprestasse 102 milhões de reais para o Grupo São Fernando, do pecuarista José Carlos Bumlai, em 2012, com a intermediação do Banco do Brasil e do BTG Pactual. O empresário é amigo do ex-presidente Lula e foi preso na Operação Lava-Jato. O empréstimo foi feito de forma indireta, por intermédio dos BTG Pactual e do Banco do Brasil. A conclusão de que a operação não tem sustentação técnica faz parte de um despacho assinado em março desse ano pela procuradora da República Sara Leite, anexado a uma investigação sigilosa.

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O empréstimo foi concedido ao grupo da família Bumlai depois que a falência da Usina São Fernando já tinha sido requerida. A procuradora, após receber as explicações do BNDES, escreveu no despacho: “Não há nos autos justificativa para que tal operação fosse intermediada pelo Banco do Brasil e pelo BTG Pactual”, diz o MPF, “diante da situação crítica em que se encontrava a empresa”.

A investigação foi iniciada a partir de notícias de que o BNDES havia driblado normas internas para conceder o empréstimo ao “amigo de Lula”. O contrato foi assinado em 2012, quando o pedido de falência já tramitava na Justiça. Nesta semana, o juiz Sérgio Moro autorizou compartilhamento das informações de buscas e apreensões da Lava-Jato com a Procuradoria da República no DF. Estas buscas foram feitas em escritórios e residências da família Bumlai. O BNDES informou ao Ministério Público que o banco emprestou um total de 395 milhões de reais às empresas da família Bumlai.

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Para autorizar a liberação do crédito, o banco justificou que a São Fernando era uma empresa em fase pré-operacional, não possuindo classificação de risco junto ao BNDES e ainda apresentou como fiadora a Heber Participações, do Grupo Bertin.

A São Fernando encontra-se inadimplente em relação às suas obrigações financeiras junto ao BNDES. O banco ajuizou ação de execução na Justiça Federal do Rio de Janeiro contra a Heber Participações, José Carlos Bumlai e seus filhos Maurício e Guilherme.

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