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MP-GO pede apreensão de tornozeleira de Rocha Loures

MP apura se houve "tratamento privilegiado" ao peemedebista, uma vez que ele teria furado fila de espera pelo equipamento

Por Estadão Conteúdo 13 jul 2017, 10h36

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) entrou, na quarta-feira, com uma ação pedindo a busca e apreensão da tornozeleira eletrônica que permitiu a Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor especial do presidente Michel Temer (PMDB) ser encaminhado para a prisão domiciliar. Conforme adiantou o blog Holofote, foi instaurado um inquérito, a pedido do MP, para apurar se houve “tratamento privilegiado” ao peemedebista, uma vez que ele teria furado uma fila de espera pelo equipamento.

“Uma vez protocolada, o juiz determinará em 72 horas que o estado se manifesta e, em ato contínuo, deve decidir (pela busca e apreensão, ou não, da tornozeleira)”, afirma o promotor Fernando Krebs. Ele colheu o depoimento do superintendente executivo de Administração Penitenciária de Goiás, o coronel Victor Dragalzew. O militar argumentou que o equipamento foi cedido ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen) após um contato telefônico, mas que isso seria oficializado posteriormente, o que não foi feito até agora.

De acordo com o que declarou Dragalzew, o contato do Depen teria partido de outro coronel, que ele identificou apenas como “Coronel Jeferson”. No depoimento, parte do inquérito que investiga se Loures foi favorecido indevidamente, o coronel afirmou que o fornecimento é feito à medida que chegam as decisões judiciais e negou que sabia quem seria beneficiado com aquele equipamento específico.

No último dia 30 de junho, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a conversão da prisão preventiva do ex-deputado em prisão domiciliar, desde que ele pudesse ser monitorado por uma tornozeleira. Ele havia sido preso no dia 3 de junho, flagrado em ação controlada da Polícia Federal recebendo uma mala com 500.000 reais em uma pizzaria de São Paulo, das mãos do diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud.

Ao lado do presidente Michel Temer, Loures foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelo crime de corrupção passiva, acusado de beneficiar indevidamente a JBS junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em troca de pagamentos semanais que, ao final, somariam 38 milhões de reais.

Neste momento, a denúncia de Janot tramita na Câmara dos Deputados, por Temer ser presidente, em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), seguindo depois para o plenário. Após instaurar o inquérito, o promotor Fernando Krebs notificou o procurador-geral da sua decisão de investigar a tornozeleira de Rocha Loures.

(Com Estadão Conteúdo)

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