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MP denuncia Haddad pela terceira vez por suposta propina em 2012

Ex-prefeito de SP é acusado de ter dívidas de campanha pagas pela UTC; petista diz que contrariou interesses da empreiteira em sua gestão

Por Da Redação Atualizado em 4 set 2018, 16h54 - Publicado em 4 set 2018, 15h49

O Ministério Público de São Paulo apresentou mais uma denúncia contra o candidato a vice-presidente pelo PT Fernando Haddad tratando da mesma suspeita: o pagamento de propina de 2,6 milhões pela UTC Engenharia para saldar dívidas da campanha eleitoral à prefeitura de São Paulo em 2012.

Dessa vez, o MP acusa Haddad de corrupção por ter recebido os valores alegados. Na semana passada, o ex-prefeito já havia sido acusado pelo MP de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito, além de ser alvo de uma denúncia feita à Justiça Eleitoral com base no mesmo caso.

Haddad, provável substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cabeça da chapa presidencial do PT após o ex-presidente ter sido barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral, rejeita as acusações e diz que a empreiteira teve os interesses contrariados em sua gestão. “Eu cancelei com 44 dias [de mandato] uma obra milionária da UTC e Odebrecht. Por que eu cancelei? Porque meu secretário me disse que a obra estava superfaturada.”

“Surpreende que no período eleitoral, uma narrativa do empresário Ricardo Pessoa, da UTC, sem qualquer prova, fundamente três ações propostas pelo Ministério Público de São Paulo contra o ex-prefeito e candidato a vice-presidente da República, Fernando Haddad. É notório que o empresário já teve sua delação rejeitada em quase uma dezena de casos e que ele conta suas histórias de acordo com seus interesses”, disse a assessoria de imprensa do candidato em nota nesta terça-feira.

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O candidato a vice do PT também questiona o fato de ser alvo de reiteradas denúncias neste momento. “A gente fica pensando o que está por trás disso”, disse. “Durante 24 anos o PSDB atua em São Paulo, tem escândalo em todo canto, não tem nada ali que pare em pé e não há nada, nenhum procedimento.”

Segundo o MP, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto pediu ao então presidente da UTC, Ricardo Pessoa, que fizesse o pagamento da dívida da campanha de Haddad com gráficas no valor de 2,6 milhões de reais, em troca de um eventual favorecimento à empreiteira por parte da administração municipal.

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“Nesse contexto de dissimulação, ocorreu o pagamento, em parcelas, da vantagem indevida no valor de 2,6 milhões de reais; de forma direta em favor do PT e de forma indireta em favor do ex-prefeito da cidade de São Paulo Fernando Haddad, que foi o beneficiário final dos pagamentos e quem, exercendo o cargo de prefeito, e em razão desta função, detinha domínio a respeito de fatos que poderiam resultar em benefícios de contraprestação à Empreiteira UTC Engenharia S.A.”, afirma o promotor Marcelo Batlouni Mendroni.

Vaccari e Pessoa, que já foram condenados em ações de corrupção no âmbito da Operação Lava Jato, também foram denunciados pelo MP paulista, assim como o doleiro Alberto Youssef e o ex-deputado estadual pelo PT Francisco Carlos de Souza.

Em nota, a UTC e seu acionista informam que “sempre colaboraram, colaboram e continuarão a colaborar com as autoridades responsáveis pelas investigações, processos administrativos e judiciais relacionados às licitações com empresas e órgãos públicos”.

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(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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