Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

MP de São Paulo pede quebra de sigilos de Gabriel Chalita

Peemedebista é suspeito de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha enquanto era secretário estadual da Educação

Por Da Redação
24 jun 2015, 09h10

O Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Gabriel Chalita, secretário de Educação da gestão Fernando Haddad (PT), dando continuidade às investigações que o colocam como suspeito de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, peculato, fraude a licitação e formação de quadrilha, que teriam sido praticados quando ele foi secretário estadual da Educação, entre 2002 e o fim de 2006, nos governos de Geraldo Alckmin (PSDB) e Cláudio Lembo (então no DEM). Chalita sempre negou as acusações.

Os promotores criminais também pediram que a medida alcance o empresário Chaim Zaher e outros funcionários públicos que trabalharam no período investigado. O Ministério Público considera a medida importante para continuar com as apurações do caso.

Se a Justiça aceitar o pedido, alegam os promotores, será possível verificar se houve pagamento de propina de empresas contratadas pela Secretaria Estadual da Educação a Chalita. A investigação quer confrontar os contratos da pasta e da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), ligada ao governo estadual, com as empresas investigadas.

Leia mais:

Chalita chamava propina de ‘Vanderlei’, diz ex-assessor

Continua após a publicidade

Personal trainer de Gabriel Chalita era ‘laranja’, diz delator

Advogados de Chalita e de Chaim pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que a investigação fosse arquivada, pois seria baseada em uma apuração já trancada pela Justiça. As duas instâncias negaram.

Segundo o MP, entre os alvos da investigação estão empréstimos de helicópteros e jatos para viagens particulares do então secretário estadual, doações ilegais de equipamentos eletrônicos e pagamento de 25% do valor do contrato firmado pela secretaria para compra de livros sem licitação.

Uma das principais suspeitas é que a reforma da cobertura dúplex de Chalita, comprada em 2005 e avaliada na época em 4 milhões de reais, foi paga com dinheiro de propina. Segundo o MP, o custo total foi de 600.000 dólares. Só a automação e instalação do home theater saiu por 79.000 dólares, que teriam sido pagos por Zaher por meio de contas abertas em nome de empresas offshore. O empresário é dono do grupo SEB (antigo COC), que engloba várias editoras que tiveram livros comprados pela secretaria. Ele também sempre negou qualquer tipo de irregularidade.

Continua após a publicidade

A advogada Flávia Rahal, que defende Chalita, considerou o pedido de quebra de sigilo feito pelos promotores como “absurdo”. Segundo ela, “não há fato novo algum a ser apurado, além daqueles que já foram objeto de inquérito policial arquivado pelo STF”. “O Ministério Público tenta iniciar suas investigações a partir de medida gravosa e midiática apenas para gerar a sensação de que tem o que investigar”, afirmou. Os advogados de Chaim Zaher não foram encontrados.

Leia também:

Com Chalita vice de Haddad, PMDB se fecha para Marta

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.