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Moro faz avaliação positiva dos três anos da Lava Jato

Juiz afirmou que não será candidato em 2018 e disse que existem outras maneiras de ajudar o país

Por Da Redação Atualizado em 18 out 2017, 14h57 - Publicado em 18 out 2017, 00h17

O juiz federal Sergio Moro disse que as pesquisas perdem tempo quando colocam seu nome na lista de opções de possíveis candidatos à sucessão presidencial. “Eu não serei candidato. Existem outras maneiras de ajudar o país… O caminho que eu escolhi foi a magistratura.” A afirmação foi feita em entrevista concedida ao jornalista Gerson Camarotti, comentarista político da GloboNews, exibida na noite desta terça-feira 17 no canal pago. Na entrevista, gravada em Curitiba, Moro fez uma análise dos três anos e meio da Lava Jato e falou também sobre o futuro da operação, a reação da classe política e o combate à corrupção no Brasil.

Na entrevista, Moro  fez  uma avaliação positiva da Operação Lava Jato. “Considerando os casos já julgados, hoje nós temos várias condenações. Várias pessoas que estão cumprindo pena de prisão e pessoas que nós nem imaginávamos que poderiam responder pelos seus crimes. Então o balanço é positivo”, afirmou.

Questionado sobre a permissividade do brasileiro em relação à corrupção, Moro afirmou que não existe governo competente e desonesto. “Acredito que esse trabalho que vem sendo realizado… vai levar ao crescimento dessa percepção de que a corrupção nos deixa pra trás, atrasa o nosso desenvolvimento, compromete as nossas instituições… Nós temos direito a ter um governo honesto.”

Para ele, a Operação Lava Jato não vai acabar com a corrupção. “Isso não vai acontecer. É só o começo. A raiz desse problema está entre outras coisas no loteamento de cargos públicos, nos políticos que não estão preocupados em acabar com isso. Nós é que temos que nos perguntar: vamos permitir isso continuar e não vamos fazer nada?”

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Sobre a importância do julgamento do mensalão para a Lava Jato, Moro disse que esse processo mostrou que, mesmo os poderosos, mesmo aqueles que têm poder político, devem responder por seus atos. “Foi um momento muito importante na história jurídica e talvez política do Brasil, porque pela primeira vez um tribunal como o Supremo Tribunal Federal, com toda a visibilidade que tem o STF, tomou uma decisão difícil dentro de um processo judicial e condenou pessoas que ocupavam cargos elevados na administração pública e também pessoas poderosas do ponto de vista econômico pela prática de crime de corrupção e lavagem. Isso teve uma influência muito grande em todo o sistema de Justiça e em toda a sociedade… Então o julgamento do STF certamente influenciou a Operação Lava Jato, essa postura mais rígida do Judiciário em relação a esses crimes de corrupção.”

 

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