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Moro autoriza Bumlai a deixar prisão para fazer exames médicos

Em pedido protocolado na Justiça, defesa do pecuarista afirmou que ele está apresentando sintomas de glaucoma

Por Da Redação 10 fev 2016, 15h43

O juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato em Curitiba, autorizou o pecuarista e empresário José Carlos Bumlai a sair da prisão para fazer exames médicos no Hospital Santa Cruz, na capital paranaense. Segundo a defesa do pecuarista, Bumlai tem apresentado sintomas de irritação nos olhos e falhas na percepção visual, o que indicaria a “probabilidade de um novo quadro de glaucoma”, dado o histórico de saúde do pecuarista.

“É importante salientar que o não tratamento dessa doença pode trazer sérias consequências ao seu portador, inclusive a cegueira”, diz a petição da defesa protocolada na última sexta-feira. Em despacho desta terça-feira, Moro atendeu ao pedido, dizendo que “havendo recomendação médica, não cabe a este juízo valorar a pertinência ou não da realização dos exames”.

A solicitação da defesa veio junto com um parecer médico assinado por Lucas Trigo de Bumlai, que tem registro médico em São Paulo. Segundo o advogado de Bumlai, Arnaldo Malheiros, o médico é irmão do pecuarista réu na Operação Lava Jato.

“Paciente José Carlos Costa Marques Bumlai, 71 anos, com diagnóstico anterior de glaucoma apresenta queixa de prurido, irritação e baixa acuidade visual. Solicito avaliação oftalmológica e de fundo de olho para seguimento e conduta. Reitero a importância dessas medidas para garantir a integridade física do paciente”, escreveu o parente de Bumlai no atestado médico. No registro de Lucas Bumlai no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), não consta nenhuma especialidade nem o endereço do seu consultório.

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No mesmo pedido, os advogados disseram que o “médico da família indicou extrema necessidade de realização de exames” para apurar as causas do sangramento de urina que Bumlai teve na carceragem da PF. Também aproveitaram para pedir a necessidade de o investigado fazer fisioterapia para tratar da artrose.

Esta não é a primeira vez que Bumlai deixará a prisão para fazer exames. No dia 12 de janeiro, ele realizou procedimentos médicos no Hospital Santa Cruz. Os exames concluíram que os órgãos averiguados – rins, baço, pâncreas e fígado – estavam funcionando normalmente e não havia sinais de cálculo renal. No entanto, foi identificada uma “pequena estrutura projetada do assoalho da bexiga”, o que poderia estar relacionada a uma “lesão polipoide”.

Na decisão, o juiz Sergio Moro faz uma consideração para que Bumlai faça de uma vez todos os exames necessários. Segundo o magistrado, a Polícia Federal não tem efetivo disponível o tempo todo, já que está “comprometida com o deslocamento rotineiro dos presos” da Lava Jato, para fazer a escolta do réu, que é necessária quando ele deixa as dependências da prisão. “Inviável o deslocamento rotineiro do custodiado, com escolta, para a realização de exames de forma parcelada”, escreveu.

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Para Malheiros, essa decisão de Moro é conveniente para o seu cliente. “Para o Bumlai, a ideia é boa. Não é muito confortável ficar andando de escolta por aí”. A defesa do pecuarista pretende ir a Curitiba para ouvi-lo sobre o seu suposto envolvimento com a reforma do sítio Santa Bárbara, que virou alvo de inquérito específico da força-tarefa da Lava Jato. Os investigadores apuram se as obras feitas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht no imóvel, que foi bastante frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem Bumlai é amigo íntimo, foram uma forma de compensação por contratos obtidos da Petrobras.

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