Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Mirando os juízes, Renan instala comissão contra ‘supersalários’

Presidente do Senado também disse que quer chamar o juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol para discutir o projeto de abuso de autoridade

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 nov 2016, 20h15 - Publicado em 10 nov 2016, 20h14

Alvo de pelo menos oito inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou nesta quinta-feira duas medidas que de certa forma confrontam o Judiciário. Pela manhã, o peemedebista instalou uma comissão para fazer uma varredura em salários que ultrapassam o teto constitucional, de 33.763 reais. Apesar de dizer que o levantamento envolverá a renumeração de servidores dos três poderes, Renan lembrou diversas vezes dos mais de 10.000 magistrados no Rio de Janeiro que recebem acima do teto, conforme revelado pelo jornal O Globo em outubro.

“Enquanto estamos fazendo a reforma da Previdência, estamos reestruturando o gasto público, ainda temos pessoas que ganham mais de 100.000 reais, como vimos no caso de juízes no Rio de Janeiro”, disse ele. A comissão será presidida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), o vice-presidente será Antonio Anastasia (PSDB-MG), e a relatoria ficará com a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO). Os senadores terão 20 dias para avaliar os casos e propor uma solução, como um projeto de lei que impeça o acúmulo de salários e benefícios.

Nesta quinta-feira, Renan também disse que quer retomar a discussão do projeto que altera a lei de abuso de autoridade. O texto foi muito criticado por entidades do Judiciário e do Ministério Público, que alegam que o projeto é uma ameaça à Operação Lava Jato.

O presidente do Senado acabou não encontrando apoio político entre os demais parlamentares e a proposta ficou esquecida em uma comissão especial desde julho. Agora, ele que trazer o projeto de volta à tona, com audiência com figuras centrais da Lava Jato, como o procurador Deltan Dallagnol e o juiz Sergio Moro – os dois já se posicionaram contrários à proposta. Segundo Renan, é ideal que o projeto seja votado até o fim deste ano. “Vou chamar representantes da Polícia Federal, Ministério Público, Judiciário, Associação de Juízes Federais. Não acredito que o juiz Sergio Moro ou Dallagnol defendam o abuso de autoridade. É importante que eles venham para fazermos o debate”, disse o peemedebista.

Continua após a publicidade

De acordo com Renan, um novo relator será designado para o projeto em reunião de líderes na próxima quarta-feira. Ontem, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) deixou a relatoria, alegando que a posição não é adequada por ele ser líder do governo. Renan ironizou a dificuldade de encontrar um interessado em assumir o projeto: “Ainda não decidimos um nome porque alguns gastaram a cota de coragem e a gente precisa ‘reestimulá-la’.”

(Com Estadão Conteúdo) 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.