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Ministro do Turismo é denunciado pelo MP de Minas Gerais 

Considerado pelos investigadores o articulador do esquema de candidaturas laranjas, Marcelo Álvaro Antônio já havia sido indiciado pela PF nesta sexta-feira

Por André Siqueira Atualizado em 4 out 2019, 15h58 - Publicado em 4 out 2019, 15h42

O Ministério Público de Minas Gerais decidiu denunciar o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, acusado de envolvimento no caso das supostas candidaturas laranjas do PSL nas eleições de 2018. À época, ele presidia o partido em Minas Gerais. Álvaro Antônio foi indiciado, na manhã desta sexta-feira, 4, pela Polícia Federal (PF).

Mais cedo, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, anunciou que o presidente Jair Bolsonaro “aguardará o desenrolar do processo” para decidir se manterá, ou não, o ministro no cargo. “O presidente da República aguardará o desenrolar do processo. O ministro permanece no cargo”, disse Rêgo Barros.

Como revelou o Radar, Bolsonaro confidenciou a amigos, em setembro deste ano, que não demitiu o ministro por gratidão, por seu auxílio quando o então candidato à Presidência foi esfaqueado na campanha de 2018: “Me ajudou lá em Juiz de Fora”.

A Polícia Federal imputa ao ministro Álvaro Antônio a prática dos crimes de falsidade ideológica, associação criminosa e apropriação indébita. Segundo as investigações, o partido do presidente Bolsonaro usou candidatas em disputas de fachada para acessar recursos de fundo eleitoral exclusivo para mulheres. Os investigadores atribuem ao ministro o papel de articulador do esquema de laranjas.

A PF já havia indiciado as ex-candidatas Naftali de Oliveira Neres, Débora Gomes da Silveira, Camila Fernandes Rosa e Lilian Bernardino de Almeida. O total de votos recebido pelas quatro foi próximo de 2.100. Elas ficaram em silêncio em audiência na PF, que as enquadrou por falsidade ideológica, aplicação irregular de verba e associação criminosa.

Em julho, a PF também indiciou Mateus von Rondon, assessor especial do ministro, e Roberto Soares e Haissander Souza, que haviam sido presos, por falsidade ideológica, uso indevido de verba e associação criminosa, com pena máxima prevista de nove anos e três meses de prisão, no total. Roberto Soares foi coordenador de campanha de Marcelo Álvaro a deputado federal. Em abril, o ministro do Turismo afirmou que as denúncias partiam de “fogo amigo” de dentro de seu próprio partido.

Em nota, o Ministério do Turismo afirmou que Álvaro Antônio não havia sido informado sobre o indiciamento, mas “reafirma sua confiança na Justiça e reforça sua convicção de que a verdade prevalecerá e sua inocência será comprovada”. “Assim como vem declarando desde o início da investigação, que teve como base uma campanha difamatória e mentirosa, o ministro reitera que não cometeu qualquer irregularidade na campanha eleitoral de 2018. Vale lembrar que esta é apenas mais uma etapa de investigação e o ministro segue confiante de que ficará comprovada sua inocência”, diz o ministério.

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