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Ministro deixa cargo antes de Dilma anunciar reforma

Petista anuncia saída da Secretaria de Direitos Humanos e afirma que retomará mandado de deputado em vez de ficar no governo

Por Da Redação
29 set 2015, 11h19

O ministro Pepe Vargas (PT) dá como certa sua saída da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, pasta que chefia há menos de seis meses. Empossado em meados de abril, Vargas não permanecerá no primeiro escalão da presidente Dilma Rousseff. “Quando ela anunciar a reforma, eu não permanecerei. Vou retomar meu mandato na Câmara. Mas é ela que vai anunciar a reforma”, disse Vargas nesta terça-feira.

O ministro afirmou ter sido chamado para conversar com a presidente na quinta-feira. Na ocasião, ficou acertado seu retorno à Câmara. No mesmo dia, também estiveram com Dilma as ministras Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para Mulheres, e Nilma Lino Gomes, da Igualdade Racial. Além disso, o atual chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, esteve com Dilma antes da viagem a Nova York para a Assembleia-Geral da ONU.

A expectativa de integrantes do governo é de que Direitos Humanos, Políticas para as Mulheres e Igualdade Racial sejam reunidas no novo Ministério da Cidadania, que deverá ser comandado por Rossetto.

A Secretaria de Direitos Humanos é o segundo ministério ocupado por Vargas em menos de um ano. Logo após a posse, a presidente o nomeou para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI). O aumento da crise política em abril fez com que Dilma cedesse a coordenação política ao vice-presidente, Michel Temer (PMDB), e realocasse Vargas. Na ocasião, a então ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, também petista, perdeu o posto para ele.

À época, Vargas não escondeu a irritação pela maneira como teve que deixar a SRI, já que sua substituição vazou antes de o ministro ser comunicado. Dilma disse na ocasião que não estava agindo sob pressão dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), embora as reclamações sobre as dificuldades no diálogo com o Congresso fossem constantes.

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O ministro demonstra resignação ao dizer que o seu retorno ao Congresso seria um “problema a menos”, já que ele era o único dos ministros petistas com mandato. Vargas deve retomar seu mandato como deputado federal pelo Rio Grande do Sul nesta terça-feira quando retornarão à pauta os vetos da presidente. O mais importante é o do aumento aos servidores do Judiciário. O texto aprovado no Senado e vetado por Dilma prevê aumento entre 53% e 78,56% – concedido de acordo com a função exercida por cada servidor. “Evidente que independente do desenho da reforma os compromissos do governo com todas as essas temáticas persistem”, disse Vargas, que também foi ministro do Desenvolvimento Agrário no primeiro governo Dilma.

Dilma pretende permitir que Rossetto continue cuidando da relação com os movimentos sociais. A articulação é considerada essencial para a presidente não perder mais apoio no momento em que a oposição e dissidentes da base aliada ameaçam entrar com pedidos de impeachment na Câmara.

(Com Estadão Conteúdo)

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