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Ministro Bruno Araújo entrega carta de demissão a Temer

Ele afirma que já não há, no PSDB, "apoio no tamanho que permita seguir nessa tarefa". Partido está rachado quanto à permanência no governo Temer

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 nov 2017, 11h03 - Publicado em 13 nov 2017, 18h09

Em meio ao agravamento do racha no PSDB sobre a permanência ou não no governo do presidente Michel Temer (PMDB), o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), entregou nesta segunda-feira sua carta de demissão do cargo. No texto enviado a Temer, Araújo agradece a confiança do presidente e afirma que já não há no partido “apoio no tamanho que permita seguir nessa tarefa”. Fora do governo, ele deve reassumir seu mandato de deputado federal por Pernambuco.

A saída de Bruno Araújo da pasta se dá dois dias depois da declaração do senador Aécio Neves (MG), presidente afastado do PSDB e principal fiador da permanência do partido na Esplanada dos Ministérios, de que a legenda sairia do governo “pela porta da frente”. Outra ala do partido, que inclui nomes como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Tasso Jereissati (CE), defende a ideia de que o partido deve desembarcar do governo quanto antes.

Na semana passada, Aécio destituiu Tasso Jereissati da presidência interina do PSDB e indicou para o posto o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman. Tasso disputará a presidência da legenda com o governador de Goiás, Marconi Perillo, que tem o apoio de Aécio Neves e seu grupo político. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, é visto internamente como uma alternativa de consenso ou terceira via à disputa entre o cearense e o goiano. A escolha será na convenção nacional do PSDB, em 9 de dezembro.

Bruno Araújo ocupava a pasta das Cidades desde que Michel Temer assumiu a presidência interinamente, em maio de 2016. Foi dele o voto decisivo, na Câmara, pela abertura do processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Além dele, os outros ministros tucanos na gestão Temer são Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).

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Após as votações das denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente, pelos crimes de corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa, líderes do chamado “Centrão” da Câmara passaram a cobrar de Temer a saída dos tucanos dos ministérios. Eles condicionam à reforma ministerial a aprovação da pauta econômica do Planalto, sobretudo a reforma da Previdência, em tramitação na Câmara.

Veja abaixo a carta de demissão de Bruno Araújo a Michel Temer:

(Reprodução/Reprodução)
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