Ministra evita comentar destino da Delta no PAC
Miriam Belchior não respondeu se a construtora, pivô no escândalo envolvendo o contraventor Carlinhos Cachoeira, deixará as obras do programa caso seja considerada inidônea pela Controladoria-Geral da União
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, ironizou nesta terça-feira a situação da empresa Delta, que comanda uma série de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A construtora é pivô do escândalo envolvendo as conexões do contraventor Carlinhos Cachoeira, que resultou na abertura de uma CPI. A Delta é alvo de processo da Controladoria-Geral da União (CGU).
Ao lado da presidente Dilma Rousseff, Miriam participou da abertura da 15ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, em um hotel de luxo da capital. Questionada se a Delta continuaria com as obras, caso seja declarada inidônea no processo instaurado pela CGU, Miriam respondeu: “Pergunta para ela”. Confrontada novamente com a pergunta, acrescentou: “Quando for declarada inidônea, a gente conversa. Quando houver o problema, a gente se posiciona”.
Para o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, existe sempre uma preocupação quando surgem problemas com empreiteiras.
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, sinalizou que a Delta poderia continuar com as obras, caso estejam em estágio avançado. Segundo ele, os contratos de uma empresa considerada inidônea não são rompidos automaticamente e dependem ainda de avaliação de gestor público competente.
(Com Agência Estado)