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Ministério da Saúde enviou respiradores sem peças para o Amazonas

Falha foi usada pelo Planalto como exemplo de má gestão do ex-ministro Luiz Mandetta

Por Thiago Bronzatto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 abr 2020, 10h30 - Publicado em 18 abr 2020, 14h07

Primeiro estado a sofrer um colapso na saúde, o Amazonas vive um drama para controlar a expansão do coronavírus. Em uma semana, o número de vítimas letais cresceu 360%, para 124 mortes, e os casos confirmados da doença aumentaram 192%, para 1719 infectados. A falta de leitos e equipamentos acenderam o sinal de alerta do Governo Federal, que decidiu ajudar.

O Ministério da Saúde, ainda sob o comando de Luiz Henrique Mandetta, enviou vinte aparelhos respiradores para o estado. No entanto, metade deles não funcionava, porque não tinha dois tipos de acessórios essenciais: traqueia e cabo de força. O restante dos equipamentos era destinado a transporte – e não para leitos. Essa falha foi listada num dossiê elaborado pela Casa Civil da Presidência e usada para desgastar o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, conforme VEJA revelou.

“Demos um jeito de driblar essa situação. Tive que improvisar alguns equipamentos de última hora”, conta o governador Wilson Lima (PSC). “Utilizei as traqueias e os cabos de forças de outros respiradores antigos e os instalei nos que foram enviados pelo ministério da Saúde”, explica ele.

Antes dessa gambiarra, o governo do Amazonas havia recebido 15 aparelhos respiradores do Ministério da Saúde, emprestados de uma rede privada de hospitais.  A ideia era ampliar o número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas cinco equipamentos não estavam funcionando – e se estão em manutenção.

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Mandetta foi demitido na última quinta-feira. Procurado, o Ministério da Saúde confirma que cinco aparelhos “estavam com algum problema de funcionamento e podem ser recuperados”. A pasta ainda diz que “enviou mais 20 respiradores em perfeitas condições”, mas não esclareceu se esses equipamentos estavam sem dois acessórios. “Até 30 de abril mais 20 respiradores estão previstos para serem enviados para Manaus”, afirma.

 

 

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