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Minas Gerais preocupa aliados de Bolsonaro

Presidente ainda não conseguiu montar palanque num dos principais colégios eleitorais do país

Por Letícia Casado Atualizado em 28 jun 2022, 12h05 - Publicado em 28 jun 2022, 11h46

A pouco mais de três meses da eleição, a campanha de Jair Bolsonaro (PL) debate estratégias para conquistar o eleitorado em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país. Lula (PT) lidera no estado, apontam as pesquisas de intenção de votos. As duas campanhas vão disputar voto a voto os espaços no Sudeste, região que vai ser definidora em uma corrida acirrada.

O Datafolha mostrou que, no Sudeste, Lula tem 43% dos votos, ante 29% de Bolsonaro. De acordo com a última pesquisa Genial/Quaest, o petista leva vantagem em Minas (44% a 28%) e em São Paulo (39% a 28%), mas empata no Rio (35% cada).

“Minas preocupa mais. São Paulo é Bolsonaro, Rio é a terra dele. Mas Minas tem setor no norte com pé na esquerda”, diz o deputado Capitão Augusto (SP), vice-presidente do PL.

Desde a redemocratização, quem vence em Minas conquista a cadeira do Palácio do Planalto. O estado concentra 10% do eleitorado do Brasil. Mas, até agora, Bolsonaro não conseguiu montar um palanque forte para a sua campanha.

O presidente trabalha para fechar com Romeu Zema (Novo), atual governador que tenta a reeleição. Em diferentes ocasiões Bolsonaro fez elogios públicos a Zema, que tem declarado apoio ao correligionário Luiz Felipe d’Avila, pré-candidato à Presidência.

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Bolsonaro precisa do palanque do governador, que foi eleito com 71% dos votos válidos em 2018. Naquele ano, Zema venceu em todas as regiões de Minas, levou 832 das 853 cidades e teve o maior índice de votação entre os candidatos que disputaram o segundo turno. Ele tem o controle da máquina pública para influenciar políticos locais a fazerem campanha pelo presidente. Cerca de 75% dos eleitores estão no interior do estado.

Caso a costura não prospere, Bolsonaro vai subir no palanque do senador Carlos Viana (PL), pré-candidato ao governo local. Lula já fechou acordo no estado com o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD).

A preferência de Bolsonaro por Zema ficou clara na última quarta, 22, quando o presidente rifou a candidatura do senador: “Se ele [Viana] achar que não tem como decolar, talvez ele saia [da disputa]”, afirmou durante uma entrevista. “Minas Gerais, no meu entender, está indo muito bem com Zema. É o povo que decide, não posso falar de política, mas se eu fosse mineiro eu votaria no Zema ou no Carlos Viana. Como começou muito tarde o Viana [a fazer campanha], é difícil ele ir para o segundo turno”, acrescentou.

As conversas locais vão definir também o candidato ao Senado em Minas. “Acho mais preocupante a escolha do candidato ao Senado porque para o governo as duas opções postas agregam de alguma forma para Bolsonaro. Mas para o Senado há maior dificuldade em um nome forte, com boa arrancada própria”, diz o deputado cabo Junio Amaral (PL-MG). Bolsonaro quer o ex-ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio (PL-MG) na vaga ao Senado, mas a definição passa pelas conversas locais.

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