Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Militantes do MTST deixam o tríplex do Guarujá

Manifestantes permaneceram durante três horas no imóvel que levou à condenação do ex-presidente Lula na Operação Lava Jato

Por Marcella Centofanti
Atualizado em 16 abr 2018, 16h29 - Publicado em 16 abr 2018, 13h45

Militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) deixaram o Edifício Solaris, no Guarujá, litoral de São Paulo, às 11h30 desta segunda-feira (16), após negociação conduzida por advogados do movimento com a Polícia Militar. Desde as 8h30, o MTST ocupava o tríplex 164-A do condomínio, localizado na cobertura do prédio e atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Construído pela OAS, reformado e reservado a Lula pela empreiteira, o imóvel levou o petista a uma condenação de doze anos e um mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-presidente está preso em Curitiba desde o último dia 7 de abril para cumprir pena.

Liberados pela polícia, os militantes do MTST saíram pela portaria principal do edifício cantando: “A verdade é dura, o tríplex não é do Lula” (assista ao vídeo ao final da reportagem). Cerca de trinta pessoas, segundo a PM, entraram no prédio. Conforme os advogados do movimento, havia cerca de setenta manifestantes no imóvel, além de oitenta na rua.

“Eles afirmaram que queriam dar visibilidade à manifestação e que, após a chegada da imprensa, sairiam pacificamente”, afirmou o capitão Eduardo Luiz da Silva, comandante da 1ª Cia do 21º Batalhão da Polícia Militar.

Continua após a publicidade

Representantes legais do MTST e moradores divergem sobre como os militantes entraram no condomínio. “Este prédio é muito ‘mixuriquinha’, feito de ladrilho de banheiro. É só empurrar a porta e abrir”, afirmou Ramon Koelle, advogado do movimento, sustentando que as pessoas não forçaram a entrada no Solaris.

Moradores afirmam, no entanto, que os manifestantes quebraram o portão eletrônico da garagem para invadir o prédio. “O portão não estava quebrado. Ficou depois que eles o forçaram para entrar”, diz a moradora Renata Simões.

Continua após a publicidade

Há divergências também no relato sobre como militantes abriram o tríplex. Após uma vistoria feita pelas polícias Civil e Militar, acompanhada por Renata e um dos advogados do MTST, o movimento liderado pelo pré-candidato à Presidência Guilherme Boulos (PSOL) sustenta que a porta do tríplex estava aberta. “O apartamento está abandonado, mas não detectei sinais de arrombamento. Os manifestantes não levaram nada. Foi um ato pacífico”, declarou o advogado.

A Polícia Militar contesta a versão. “Preliminarmente constatamos a porta arrombada”, afirmou o comandante Eduardo Luiz da Silva. A perícia do imóvel, porém, caberá à Polícia Federal.

Durante a breve ocupação, Boulos, que não estava presente no local, fez transmissões ao vivo sobre o ato em sua conta no Twitter e no Facebook.

Continua após a publicidade
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.