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Militantes de esquerda acusam deputado bolsonarista de violência no RJ

Rodrigo Amorim, do PTB-RJ, e seus apoiadores teriam comparecido a uma passeata de Marcelo Freixo (PSB-RJ) e causado confusão

Por Da Redação Atualizado em 18 jul 2022, 16h34 - Publicado em 16 jul 2022, 14h20

Militantes e políticos de partidos de esquerda estão acusando o deputado bolsonarista Rodrigo Amorim (PTB-RJ) de violência durante uma passeata de Marcelo Freixo, pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo PSB, neste sábado, 16. Segundo relatos publicados no Twitter, Amorim apareceu com um grupo de pessoas que agrediram física e verbalmente os participantes da caminhada de Freixo na a Praça Saenz Peña, localizada no bairro da Tijuca, zona norte da capital fluminense.

Há relatos de que no grupo de Amorim havia gente armada. VEJA procurou tanto o deputado estadual quanto Marcelo Freixo pelo WhatsApp das campanhas de ambos. Freixo não respondeu, mas se pronunciou em seu Twitter, e a assessoria de imprensa de Amorim respondeu aos questionamentos no começo desta noite.

“Rodrigo Amorim veio para cima de uma atividade pacífica de uma atividade com o Freixo aqui no Rio. Xingaram, ameaçaram e fizeram questão de mostrar que estavam armados. Para evitar mais confusão, Freixo se retirou. Não vamos normalizar essa violência!”, escreveu de Elika Takimoto (PT-RJ), pré-candidata a deputada estadual, que também publicou um vídeo mostrando a presença do deputado. As imagens, gravadas por uma pessoa não identificada, exibem Amorim caminhando cercado de apoiadores, que xingam e intimidam o homem que está filmando. “Cala a boca!”, ordena Amorim em um trecho. Um militante de direita chama o de esquerda de “merda”.

“Deputado Rodrigo Amorim e um bando de homens armados partiram para cima com agressões morais e físicas, quebraram bandeiras para nos intimidar”, escreveu a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ). “É um absurdo o que aconteceu há pouco na Praça Saens Peña, na Tijuca. Toda solidariedade ao Marcelo Freixo. A violência política bolsonarista segue acontecendo”, disse a ex-governadora Benedita da Silva (PT).

A atriz Lucélia Santos também esteve no ato e compartilhou o que viu. “Aconteceu agora! O deputado estadual Rodrigo Amorim, acompanhado de homens (vários armados) encurralaram a nossa caminhada pacífica Lula-Freixo aqui na Tijuca. Foi estarrecedora a violência com que eles nos atacaram: quebraram bandeiras e gritaram ameaças. Não nos intimidarão!”, escreveu a artista, que é pré-candidata a deputada federal pelo Rio.

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Políticos de esquerda que estavam no ato, como o pré-candidato a deputado estadual Rodrigo Mondego (PT), anunciaram que iriam registrar um boletim de ocorrência na polícia.

Rodrigo Amorim ficou célebre quando, na campanha eleitoral de 2018, apareceu rasgando uma placa de rua em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada a tiros em março daquele ano, em um crime que até hoje não foi inteiramente solucionado. À época candidato a deputado estadual pelo PSL, Amorim praticou o ato junto com o então candidato a deputado federal Daniel Silveira — ambos se elegeram pelo PSL.

Daniel Silveira
Daniel Silveira e Rodrigo Amorim exibem placa alusiva a Marielle Franco que eles danificaram durante a campanha eleitoral de 2018 (Reprodução/Facebook)

Mais tade, Marcelo Freixo se manifestou em um vídeo publicado no Twitter, mas sem citar diretamente Rodrigo Amorim. “Fomos surpreendidos por um deputado ligado ao governador Cláudio Castro e ao presidente Jais Bolsonaro, ele estava acompanhado de dez marginais armados, que foram para cima das pessoas, mulheres, crianças, idosos, com muita violência, ameaçando e dizendo que ali não era lugar para que a gente estivesse. Não é isso que o Rio de Janeiro precisa nesse momento. O Rio precisa de paz, de união, de diálogo. As pessoas querem trabalhar, prosperar, ter sossego. A política não pode oferecer violência. A política tem que oferecer diálogo e solução. É lamentável que isso tenha acontecido. A gente já encaminhou todos os boletins de ocorrência para a Justiça Eleitoral”, declarou Freixo.

A assessoria de imprensa de Rodrigo Amorim enviou uma nota de posicionamento e um boletim de ocorrência que o deputado alega ter sido vítima de ataques dos apoiadores de Marcelo Freixo. “O declarante, residente no bairro da Tijuca, informa que estava se dirigindo para a pré-convenção do PTB, cujo local de encontro com a sua equipe era na Praça Saens Peña, quando se deparou com a campanha antecipada do deputado Marcelo
Freixo. Nesse momento, militantes de esquerda começaram a atacar o denunciante, proferindo ofensas contra a sua pessoa e família. Informa ainda que o deputado Marcelo Freixo estava com escolta armada, sendo esta alvo de CPI na ALERJ”, registra o documento. Em um vídeo produzido por sua equipe, o deputado também afirma que a violência partiu de um dos militantes da esquerda e que ia denunciar Freixo por campanha política antecipada.

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