Metrô de São Paulo lança campanha contra assédio
Pelos menos dezenove casos de assédio sexual foram registrados nos trens e plataformas. Campanha de informação contra ato criminoso será veiculada pela internet e dentro das composições
Depois de dezenove de casos policiais envolvendo assédio sexual contra mulheres no interior de trens e em plataformas, a direção do Metrô de São Paulo decidiu criar uma campanha para tentar conscientizar os passageiros sobre o assunto. Nos próximos dias, serão distribuídos cartazes e panfletos para informar usuários do metrô de que a prática de abusos constitui crime. O material será fixado nos trens e plataformas do sistema e exibidos nos televisores.
O material também informará que a empresa “tem mais de mil agentes de segurança treinados para ajudar os usuários” e que as pessoas podem denunciar as ocorrências por meio de mensagem de celular para o número 97333-2252. A campanha já começou na internet, na página oficial da Companhia do Metropolitano em redes sociais como Facebook e Twitter.
O texto da campanha está inserido em um círculo branco, rodeado por um fundo cor de rosa, onde a palavra “respeito” se repete várias vezes. A assessoria de imprensa do Metrô informou que a própria equipe de comunicação é a responsável pela produção do material.
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Crime – A Polícia Civil de São Paulo está investigando a ação de criminosos que, além de assediar mulheres no transporte público, filmam, fotografam e divulgam imagens na internet. Até o dia 20 de março, foram investigados dezenove casos de abuso no metrô e nos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O estúpido grupo autointitulado “encoxadores” compartilha via internet e aplicativos de mensagens via celular, vídeos e fotos em que aparecem abusando de mulheres no transporte público.
Feministas do movimento Mulheres em Luta distribuíram alfinetes para mulheres se defenderem contra “encoxadores” no metrô. O objeto foi distribuído com a mensagem “Não me encoxa que eu não te furo”, lema da campanha. Segundo as organizadoras, a ação pretende dar “condições mínimas para que as mulheres se protejam em casos de abuso”.
(Com Estadão Conteúdo)