Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Médica cubana vai receber o triplo em escritório da AMB

Ramona Rodriguez ganhava 1.000 reais no programa Mais Médicos, valor equivalente a 10% do que recebiam os médicos de outras nacionalidades

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 fev 2014, 15h07

A médica cubana Ramona Rodriguez aceitou, nesta terça-feira, o convite de trabalho da Associação Médica Brasileira (AMB). Ramona assinou o contrato para atuar na parte administrativa da entidade, onde vai assessorar as diretorias e a presidência do órgão. Como remuneração, a profissional que abandonou o programa Mais Médicos receberá 3.000 reais – três vezes mais do que ganhava como única médica de um dos seis postos de saúde de Pacajá (PA), de onde fugiu no dia 1º. Ela começa a trabalhar na Associação nesta quarta-feira.

Leia também:

Procurador ouve médica cubana e diz que programa do governo ‘sacrifica’ valores constitucionais

Mais um cubano abandona o Mais Médicos

Continua após a publicidade

Como não prestou o Revalida – exame obrigatório para que médicos estrangeiros possam atuar no Brasil fora do Mais Médicos -, Ramona não pode exercer a profissão no país. O presidente da AMB, Florentino Cardoso, promete ajudar a cubana a se capacitar para a prova de revalidação do diploma.

Ramona abandonou o Mais Médicos por se sentir enganada – enquanto todos os participantes têm direito a salário de 10.000 reais, os cubanos recebem cerca de 1.000 reais (400 dólares). O contrato firmado com o governo dos irmãos Castro prevê a destinação de 600 dólares para uma conta localizada em Cuba – dinheiro, porém, que a médica diz não ter acesso.

Diferentemente do Mais Médicos, Ramona vai ter garantido todos os direitos trabalhistas previstos na legislação brasileira, como férias e décimo terceiro salário. A médica receberá ainda vale transporte, plano de saúde e vale alimentação que, juntos, somam quase 1.000 reais.

Continua após a publicidade

Em contrapartida, a cubana terá de arcar com despesas que eram custeadas pelo programa federal, como hospedagem e transporte. Pelo Mais Médicos, ela recebia ainda 750 reais para se alimentar.

“Nós não podemos deixar uma pessoa que veio trabalhar como médica no Brasil desamparada, em busca de refúgio e sem ter como se sustentar”, disse o presidente da Associação Médica Brasileira. “Queremos mostrar que a AMB não é contra médico estrangeiro, como o governo sempre disse. O que nós sempre defendemos é que se faça o Revalida e contrate com todos os benefícios de um trabalhador normal”, continuou Florentino Cardoso.

Leia também:

Médica cubana diz que sabia que viria para o Brasil desde 2012

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.