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Marun diz que governo não tem ‘plano B’ em reforma da Previdência

Ministro responsável pela articulação entre Palácio do Planalto e Congresso Nacional admitiu, no entanto, que ainda não tem votos necessários para aprovação

Por Da Redação
Atualizado em 30 jan 2018, 10h13 - Publicado em 29 jan 2018, 18h18

A três semanas da data marcada para a votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, o governo não tem os votos necessários para aprovar a proposta, admitiu nesta segunda-feira 29, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB). Ele ressaltou, porém, que está confiante no apoio dos deputados e rechaçou qualquer possibilidade de novo adiamento.

“Não existe B. Nosso plano é o plano ‘A’, de aprovação da reforma ainda em fevereiro. A estratégia do governo é que no dia da votação teremos os votos necessários para aprovação. Não trabalhamos com essa hipótese [de não ter os votos], enfatizou Marun, que é responsável pela articulação entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. Para a reforma ser aprovada, são necessários 308 votos entre os 513 deputados.

Em suas contas, o governo tem hoje um número semelhante de votos ao que tinha em maio de 2017, antes do estouro da crise política na base do governo, que rendeu ao presidente Michel Temer duas denúncias por corrupção passiva, obstrução de justiça e organização criminosa. Agora, com as denúncias enterradas e um quadro mais positivo para o governo, o PMDB trabalha com uma margem de apoio de cerca de 270 deputados, e tenta convencer ao menos 50.

Carlos Marun minimizou as críticas à proposta dizendo que os as críticas partem da imprensa e de grupos que considera privilegiados pela atual sistema. O ministro destaca que o setor econômico ressaltou a importância das mudanças propostas  pelo governo e que os empresários também demonstraram apoio. “Temos conversado com lideranças empresariais, políticas, e religiosas para que motivem e participem do processo”, afirmou. 

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O ministro argumentou ainda que o saldo da Previdência tem déficit cada vez maior  — no ano passado, o rombo foi de 268,8 bilhões de reais entre o INSS e o regime dos servidores públicos federais. Além da dívida, também houve rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s. Segundo Marun, o país corre o risco de um novo rebaixamento este ano.

Segundo Marun, as reuniões de articulação com lideranças partidárias têm dado resultado positivo. “Contamos sempre com a participação de Rodrigo Maia [presidente da Câmara], que é um dos baluartes da aprovação dessa reforma, para que possamos complementar um trabalho que já está sendo feito de convencimento dos deputados da necessidade de aprovação”, disse. Sobre a posição de Maia de não levar o texto à votação se não tiver segurança sobre a possibilidade de aprovação, o ministro comentou que o presidente da Câmara será atualizado do cenário.

Ele considerou que o presidente Michel Temer se saiu muito bem na defesa da reforma durante as recentes entrevistas concedidas para emissoras de televisão e rádio. O ministro sinalizou que iniciativas desta natureza poderão prosseguir ao longo dos próximos dias como forma de buscar apoio popular para a reforma.

(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

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