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Marta Suplicy: ‘Não vale mais a pena estar no Congresso’

Senadora anunciou que vai se desfiliar do MDB e encerrar a carreira política; sobre o voto, disse que só não vota em Bolsonaro

Por Estadão Conteúdo 9 ago 2018, 15h51

A senadora Marta Suplicy disse nesta quinta-feira que vê sua vida parlamentar “completa”. No último dia 3 de agosto ela anunciou que não será candidata nas eleições 2018 e deixou o MDB para encerrar sua carreira política. Em entrevista à Rádio Eldorado, ela ressaltou que quer fazer política longe do Congresso. “Não vale mais a pena estar lá”, disse.

“Minha vida parlamentar está completa. Fiz muito”, afirmou Marta. “E agora não tenho mais vontade de fazer esse tipo de trabalho porque lá, metade do tempo você passa tentando entender projetos que não estão claros, tentando barrar retrocessos, tentando achar espaço para se posicionar, vendo projetos mais ideológicos do que a favor do Brasil. Não vale mais a pena estar lá. Quero fazer minha parte na sociedade civil. Posso contribuir mais.”

Marta prevê que as eleições 2018 vão fazer aumentar o conservadorismo em Brasília, o que, para ela, é um mau sinal para o futuro do país. “Haverá um aumento do conservadorismo, menos mulheres e acho muito ruim isso que está acontecendo. Temos possibilidades assustadoras e espero que não se concretizem. Tem candidato a vice falando barbaridades e o presidente deste vice dizendo que não tem nada a ver com aquilo, que só abre a boca para desrespeitar minorias, mulheres e negros e para mostrar o mar de ignorância onde ele nada. É de dar medo.”

Fora do MDB, que tem na disputa presidencial o candidato Henrique Meirelles, Marta diz que ainda não definiu seu voto, e não pretende torná-lo público. Mas rechaçou a possibilidade de votar em Jair Bolsonaro, do PSL. “Ainda não defini meu voto para presidente. Vai acontecer no processo (campanhas). Estarei atenta, acompanhando e não sei se devo manifestar em quem vou votar. Em Bolsonaro, não. Seria um retrocesso civilizatório.”

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Presença das mulheres

A senadora também comentou a presença de mulheres como vice em chapas do pleito eleitoral. “Eles (candidatos) estão colocando essas mulheres respondendo a pesquisas para atrair voto feminino. As duas senadores têm currículo (Kátia Abreu, vice de Ciro Gomes do PDT, e Ana Amélia, vice de Geraldo Alckmin do PSDB), mas vejo que algumas foram colocadas apenas por serem mulheres. E isso é desagradável de ver. Mas espero que seja um caminho para mais representação.”

Marta também fez uma avaliação de sua carreira política. “Eu teria começado mais cedo. Comecei tarde, com 48 anos. Fiz política com ‘P maiúsculo’ na TV, mas sinto que poderia ter começado antes. Agora a avenida (para mais mulheres na política) está aberta. Antes, há 30 anos, eu recebia cartas de mulheres na TV perguntando se era certo se sentar na mesa com o marido. Agora, a sociedade já entendeu a questão do direito delas.”

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