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Marina ataca ‘políticas erráticas’ de Dilma: ‘Ricos estão cada vez mais ricos’

Em campanha nas cidades de Goiânia (GO) e Vitória (ES), candidata do PSB culpou o governo da petista pela falta de avanço na redução da desigualdade

Por Marcela Mattos, de Goiânia, e Talita Fernandes, de Vitória
19 set 2014, 01h02

Diante da constatação de que o atual governo, pelo terceiro ano consecutivo, não apresentou avanços no combate à desigualdade, a candidata à presidência pelo PSB, Marina Silva, mirou no que classificou de “políticas erráticas” da presidente-candidata Dilma Rousseff durante os atos de campanha desta quinta-feira. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar (Pnad) de 2013, divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador que mede a desigualdade de renda, chamado Índice de Gini, não mostra melhora significativa desde 2011. A piora deve-se ao baixo crescimento da economia e à menor oferta de vagas de trabalho – e atinge, portanto, uma das principais bandeiras da petista.

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Marina esteve em Goiânia e em Vitória nesta quinta e tratou do assunto nas duas ocasiões. “Para além da inflação, o crescimento baixo e os juros altos, nós temos essa triste realidade de que no Brasil o processo de distribuição de renda está voltando à concentração da renda e que tivemos um processo de estagnação, uma tendência também de diminuição das igualdades sociais”, afirmou a candidata. “Não se está mais no processo virtuoso de redução das desigualdades sociais. Os 10% mais ricos estão ficando cada vez mais ricos e os 10% mais pobres estão ficando mais pobres. A presidente Dilma precisa explicar para população brasileira por que ela está entregando o país pior do que ela encontrou”, continuou.

Em seguida, Marina afirmou que o resultado do Pnad reflete “parte das políticas erráticas do governo”, representada pela volta dos juros, pelo baixo crescimento e pela elevada inflação. E prometeu que fará diferente se eleita: “Nós vamos investir em políticas sociais e recuperar a capacidade do Estado de favorecer investimentos e recursos”.

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Nesta quinta, Marina escolheu Estados em que o PSB tem candidatura própria e está atrás nas pesquisas. O atual governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, tem 29% das intenções de votos, enquanto seu adversário Paulo Hartung (PMDB) lidera com 42%, de acordo com o último Ibope. Em Goiás, a situação é ainda pior: o candidato peessebista Vanderlan Cardoso está com apenas 9%, enquanto o governador tucano Marconi Perillo tem 38% das intenções.

Aos goianos e capixabas, Marina apresentou as promessas não cumpridas por Dilma, como o baixo número de creches construídas e a falta de uma educação pública de qualidade, e aproveitou para rebater a fala da petista de que “nunca sabe o que Marina pensa”. “Eu tenho debatido muito a postura da presidente Dilma e sou eu que não sei exatamente o que ela pensa. Porque ela disse que ia ganhar o primeiro mandato para manter o país crescendo, para diminuir os juros e para conter a inflação, mas o que temos é o contrário”, afirmou Marina. “Eu estou em um debate com a presidente Dilma, é com ela que eu vou debater, e gostaria que ela apresentasse o seu programa e que não ficasse se escondendo atrás de fofocas”, continuou.

Atraso – Como tem sido comum em suas agendas de campanha, Marina chegou a Goiânia quase duas horas depois do previsto – o que irritou candidatos a diversos cargos que a aguardavam para tirar fotos de divulgação ao lado da ex-ministra, líder nas pesquisas no Estado. No calor do momento, deputados começaram a se empurrar na beira do palco na tentativa de se aproximar da socialista durante o discurso – e muitos não obtiveram sucesso.

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