Mantega negocia nomes para o novo comando da Receita
Carlos Alberto Barreto é o mais cotado, mas há outros dois na briga
Com a permanência confirmada no governo de Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, começa agora a definir o nome do novo secretário da Receita Federal. O atual presidente do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), Carlos Alberto Barreto, é o mais cotado para assumir o posto. Também estão na disputa o subsecretário de Fiscalização, Marcus Vinicius Neder (o preferido dos auditores fiscais) e o presidente do INSS, Valdir Moisés Simão.
Ex-secretário adjunto da Receita, Barreto ganhou a simpatia da presidente eleita quando ela era ministra da Casa Civil. Responsável na época pela área do Fisco que prepara medidas tributárias, ele se aproximou de Dilma na negociação, com o Congresso, de MPs sobre desonerações de impostos e mudanças na legislação.
Em 2008, quando Mantega tirou Rachid do cargo, a Casa Civil trabalhou pela escolha de Barreto. O ministro, no entanto, optou por Lina Maria Vieira, indicação do seu secretário executivo, Nelson Machado. Preteriu Barreto, que tem perfil técnico, porque não queria na cúpula da Receita nenhum nome ligado a Rachid, que havia sido indicado pelo ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Pesa contra a indicação de Barreto – que esteve no Ministério da Fazenda na noite do dia em que se decidiu pela permanência de Mantega no cargo – o fato de que sua escolha poderia sinalizar a volta do chamado “grupo de Rachid”.
Também estaria na lista, segundo algumas fontes, o superintendente de São Paulo, José Guilherme Vasconcelos. Ex-inspetor da Alfândega, em Santos, ele teria a simpatia do PMDB, do vice-presidente eleito Michel Temer. Sua escolha, no entanto, é considerada remota, porque foi em São Paulo que ocorreram os vazamentos e a violação de sigilo fiscal de vários contribuintes.
(Com Agência Estado)