Enquanto o governo se preocupa com a manifestação do próximo domingo, temendo confrontos entre manifestantes pró e contra o impeachment de Dilma Rousseff, o ato desta terça-feira pelo Dia da Mulher em São Paulo, em que só desfilaram vozes da esquerda, não terminou sem um conflito. A inclusão de desagravos a Dilma e a Lula na pauta do ato contrariou alguns movimentos sociais e partidos. Tanto que no carro de som estacionado em frente ao Masp, na Avenida Paulista, uma militante foi hostilizada e quase agredida porque, além de pedir a saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara, bradou para que Renan Calheiros, Geraldo Alckmin e… Dilma Rousseff deixem seus cargos. Enquanto militantes do PSOL aplaudiam a mulher, algumas outras, exaltadas, lhe dirigiam impropérios enquanto a aguardavam na saída do carro de som. Certamente, para dialogarem democraticamente. (João Pedroso de Campos, de São Paulo)