Diferentemente de Aloizio Mercadante, o senador Flávio Arns (PR) ameaçou e cumpriu, anunciando nesta quinta-feira, em plenário, sua desfiliação do PT.
Ele sublinhou que deixa o partido por não concordar com o posicionamento tomado pela bancada de votar pelo arquivamento das denúncias movidas contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética. A carta de desfiliação foi entregue ao diretório municipal do PT de Curitiba.
Arns era do PSDB antes de ser eleito, em 2002, pelo PT. No próximo ano, deve concorrer à reeleição, e, pela lei eleitoral, precisa estar filiado a outra legenda até outubro. Contudo, ele ainda não informou por qual partido deverá se candidatar.
O senador ainda disse que espera que a Justiça Eleitoral não tire seu mandato (com base na lei de fidelidade partidária), uma vez que, para ele, o PT rompeu com seus ideais de ética. “Se houver o debate judicial, vamos enfrentar com a maior tranquilidade, com a maior segurança. Espero que a Justiça diga que a fidelidade tem que ser de mão dupla. E o partido foi infiel”, declarou.
(Com Agência Estado)