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Maia diz que denúncia contra Temer é ‘grave’ e reafirma ser leal

Em entrevista à Globonews, presidente da Câmara nega se movimentar para assumir a presidência, mas que é alternativa para eleições futuras

Por Da redação
Atualizado em 17 jul 2017, 22h45 - Publicado em 17 jul 2017, 22h44

Em entrevista ao jornalista Roberto D’Avila, veiculada nesta segunda-feira no canal Globonews, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reconheceu que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva é “grave” por ser a primeira contra um mandatário brasileiro no exercício das funções, mas reafirmou ser leal ao peemedebista e que não se movimenta nos bastidores para lhe tomar a cadeira.

“É claro que é grave, é a primeira vez que um presidente é denunciado pela PGR. É grave, mas na hora que a denúncia chega, meu papel passa ser de presidente da Câmara. É isso que tenho feito. Todos os trâmites têm sido respeitados e serão respeitados”, afirmou Maia, para quem o “ideal ao Brasil” seria que houvesse apenas uma denúncia contra o presidente a ser analisada pela Câmara. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai fatiar a apresentação das acusações contra Temer.

Rodrigo Maia relatou ao jornalista ter cobrado de seu partido, o DEM, lealdade ao governo, além de ter sido ele um dos primeiros parlamentares a alertar Michel Temer do “ambiente de aflição” na Câmara que poderia dificultar a vida do governo nas votações da denúncia da PGR na Casa, primeiro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois no plenário.

“Da minha parte, não haverá nenhum movimento que prejudique o presidente (…) uma coisa é o presidente da Câmara, outra coisa é o deputado eleito pelo DEM que apoia o governo do presidente Michel Temer. Esse deputado será leal sempre. Agora, o presidente da Câmara vai ser o presidente da instituição e árbitro do jogo”, disse o presidente da Câmara.

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Provocado sobre a possibilidade de assumir a presidência da República em caso de afastamento de Temer e como tem lidado com isso, Maia negou ter sido picado pela “mosca azul”, expressão do dicionário brasiliense para políticos que se deixam levar pela expectativa de poder.

“Nesse momento, tenho que tomar muito cuidado com as palavras, até porque a Câmara exerce um papel na estabilidade que temos no Brasil. Apesar de toda a crise, as instituições continuam funcionando”, contemporizou o democrata.

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Sobre eleições futuras, no entanto, Maia reconheceu que “político sempre sonha no máximo” e que, como presidente da Câmara eleito duas vezes, ele seria uma opção ao Planalto. “A longo prazo, é obvio que chegar onde cheguei já me coloca, daqui a duas, três eleições como uma alternativa [à Presidência da República], mas, a curto prazo, acho que a presidência da Câmara já me dá a possibilidade de realizações que eu nunca imaginei que eu pudesse realizar”, declarou.

A votação na Câmara

Rodrigo Maia entende que fazem parte do “jogo político” as trocas de deputados com direito a voto na CCJ, manobra que garantiu a vitória do governo na comissão, com a aprovação de um relatório contrário à admissibilidade da denúncia da PGR.

“A oposição poderia ter pedido ao Supremo o rito do impeachment. Não pediu. Então, o risco de ter usado o rito do regimento, que era com a possibilidade de trocar membros, disso ninguém reclamou. Então, a partir do momento em que a oposição decidiu que aquele era o rito correto, que era o melhor para a oposição naquele momento, então foi jogo político”, afirmou.

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Sobre ter marcado a votação da acusação contra Temer no plenário da Câmara para o dia 2 de agosto, uma derrota do Planalto, que queria a definição antes do recesso parlamentar, Maia disse ter apenas cumprido o entendimento dos líderes partidários.

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