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Lula: manhã na PF, noite no palanque

Petistas fizeram ato de desagravo ao petista na sede do Sindicato dos Bancários, em São Paulo. Ex-presidente pregou para convertidos

Por Patrick Cruz e João Pedroso de Campos
4 mar 2016, 20h10

Movimentos de esquerda e militantes do Partido dos Trabalhadores realizaram nesta sexta-feira uma manifestação na sede do Sindicato dos Bancários, no Centro de São Paulo, em defesa do ex-presidente Lula, alvo principal da 24ª fase da Operação Lava Jato. O ato de desagravo transformou-se em palanque para o petista. O discurso teve o tom da pregação para convertidos. Na primeira parte da fala, o ex-presidente fez referências a seu passado de pobreza, ao fato de ter sido um metalúrgico eleito presidente – elementos onipresentes em suas manifestações públicas -, mas, sobre o tema do dia, seu depoimento à Polícia Federal, ainda nenhuma palavra. O próprio Lula admitiu a tergiversação: “Até agora, eu só divaguei.” A plateia riu.

Lula ainda atribuiu as graves acusações que pesam contra ele e sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff, ao preconceito. Contra ele, na versão de Lula, pesa o preconceito “das elites”. Já contra a Dilma, o machismo. “Eu tenho orgulho, porque sou um metalúrgico, visto como machista a vida inteira, e tive a primazia, com a ajuda de vocês, de eleger pela primeira vez uma mulher presidente da República”, afirmou.

No palanque, Lula voltou a dizer que não é dono dos imóveis investigados na Lava Jato e criticou o juiz Sergio Moro, que autorizou a ação da PF. “Ele não precisava ter feito”, afirmou, acrescentando que se colocou à disposição para prestar esclarecimentos à Justiça. “Se eles (Moro e os procuradores), juntos, forem 1 real mais honestos do que eu, desisto da vida política”, provocou.

Estavam presentes ao ato quadros petistas como o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o ministro Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência Social), Rui Falcão e o senador Humberto Costa, além do ex-ministro Orlando Silva (PCdoB). “Não estou aqui para defender o ex-presidente Lula, mas o cidadão Lula. Ninguém pode ser coagido se estiver à disposição da Justiça. O que esta por trás dessa ação? Nós escoltaremos o Lula da próxima vez. Nós estamos disponíveis para garantir a integridade física do Lula. Marcharemos a qualquer lugar: Brasília, Congonhas, Curitiba”, afirmou Haddad.

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Os manifestantes se dirigiram à sede do sindicato pouco depois do término da coletiva de imprensa do ex-presidente, em que Lula fez duros ataques a Sergio Moro e conclamou a militância a sair às ruas.

(Com Estadão Conteúdo)

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