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Lula espera resultado da eleição para definir situação de São Paulo

Presidente diz ser inimaginável um Mundial sem jogos na maior cidade do país, mas reconhece que decisão final ainda vai demorar

Por Da Redação
23 ago 2010, 17h06

“Eu praticamente joguei a toalha. Eu não acredito mais que vai haver alguma definição de São Paulo até as eleições e isso é lamentável”, disse Orlando Silva, ministro do Esporte

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que “não consegue imaginar uma Copa do Mundo no Brasil sem São Paulo”. “Seria a irracionalidade maior, o estado mais importante, o estado que tem mais população e o estado que tem o melhor futebol do Brasil não ter a abertura da Copa do Mundo do Brasil por conta de estádio”, afirmou durante entrevista coletiva após encontro com empresários da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), no hotel Transamérica, em São Paulo. “Nem a cidade de São Paulo, nem o estado de São Paulo podem prescindir de ter a Copa do Mundo”.

A empolgação do presidente com a pujança – tanto da economia, quanto do futebol – paulista se explica: o colégio eleitoral de São Paulo pode ser decisivo para turbinar – ou interromper – a rápida ascensão da candidata Dilma Rousseff, do PT, nas pesquisas de intenção de voto. Não foi por acaso que Lula decidiu concentrar sua agenda eleitoral em São Paulo e amanheceu fazendo campanha na porta da fábrica da Mercedes Benz, em São Bernardo do Campo, nesta segunda-feira.

Preocupado em evitar acusações de que estaria usando o evento para pedir votos, Lula chegou a dizer que o período eleitoral não é o ideal para esse tipo de discussão.Prometeu, porém, que após as eleições vai se reunir com o ministro do Esporte, Orlando Silva, e com os eleitos ao governo de São Paulo e à Presidência da República para resolver o assunto.

Questionado sobre se tem preferência pelo estádio do Morumbi, do São Paulo, Lula disse que já conversou com o presidente do clube, Juvenal Juvêncio, sobre a possibilidade de o estádio ser reformado para se adequar e receber jogos da Copa. Ele ponderou, porém, que a reforma deve estar dentro dos custos que o time pode arcar, de forma a não “se endividar pelo resto da vida”. A diretoria do São Paulo apresentou projeto de reforma do estádio ao custo de R$ 260 milhões. A Fifa rejeitou o projeto e, pelas modificações sugeridas, a conta da reforma iria para R$ 630 milhões, valor que o clube não teria como pagar.

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CBF não tem culpa – O presidente eximiu o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, da responsabilidade pelas controvérsias em torno do Morumbi. “Não é o presidente da CBF, o problema é da Fifa. São exigências que eu acho que são algumas corretas e outras exageradas, mas acho que vamos chegar a um bom termo”, afirmou. “Não é a CBF que tem força para tomar decisão. É a Fifa mesmo.”

O ministro do Esporte criticou o fato de a decisão a respeito do estádio de São Paulo para a Copa estar paralisada. Segundo ele, a decisão diz respeito às autoridades locais que decidiram não discutir o assunto antes das eleições. “É lamentável que isso aconteça mas é uma decisão local”, disse, citando apenas o nome do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Orlando Silva afirmou que integrantes da Fifa farão nova visita ao Brasil no início de setembro para examinar a situação de todas as cidades. “Espero que São Paulo se manifeste. Eu praticamente joguei a toalha. Eu não acredito mais que vai haver alguma definição de São Paulo até as eleições e isso é lamentável”, disse.

(Com Agência Estado)

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