Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Lula e Dilma voltam a falar sobre ministério nessa quarta

Dessa vez, os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, da Educação, Aloizio Mercadante, da Casa Civil, Jaques Wagner, e da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini também participam da conversa

Por Da Redação
16 mar 2016, 10h11

A presidente Dilma Rousseff voltou a se reunir na manhã desta quarta-feira com o ex-presidente Lula, depois de quatro horas de conversa na noite de ontem. Dessa vez, os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e da Educação, Aloizio Mercadante, segundo o site do jornal O Estado de S.Paulo, também participam do encontro, além dos ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini.

Está em pauta ainda a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de assumir ou não um cargo de ministro no Palácio do Planalto. No jantar realizado nesta terça-feira, o petista disse à Dilma que precisa amarrar todas as pontas com o PMDB, para assegurar que o partido permaneça na base aliada, antes de decidir se ficará à frente da Secretaria de Governo. Lula é cotado para a Secretaria de Governo, comandada por Ricardo Berzoini, ou para substituir Jaques Wagner na Casa Civil – pastas hoje nas mãos de petistas, o que evita conflito com aliados da base para abrigar Lula.

Nesta terça, Lula mostrou dúvidas sobre a entrada na equipe e contou ter sido informado por integrantes do PMDB de que sua presença no ministério, nesse momento, não daria “governabilidade plena” a Dilma nem conseguiria, por si só, barrar o impeachment. O ex-presidente também disse que vai sondar novamente o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). As ponderações de Lula surpreenderam Dilma e os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), já que ele havia dito a amigos, horas antes do jantar no Alvorada, que aceitaria assumir a Secretaria de Governo.

Leia mais:

Após delação de Delcídio, MP discute investigar Dilma e Lula na Lava Jato

Delcídio: Lula quis “embaraçar” Lava Jato ainda em 2014

Continua após a publicidade

A homologação da delação premiada do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (PT-MS), divulgada nesta terça-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF), também ajudou Lula a hesitar no convite para assumir a Secretaria. A ideia inicial era Lula ir para a Secretaria de Governo e Ricardo Berzoini, que ocupa a pasta, enquanto este assumiria o posto de secretário Executivo do ex-presidente. Mas, a divulgação das últimas denúncias acabou ampliando as dificuldades de levar Lula para o governo.

Na delação, Delcídio diz que o ex-presidente “teve participação em todas as decisões relativas às diretorias das grandes empresas estatais, especialmente a Petrobras”. O senador afirma ainda que o petista sempre foi muito próximo de todos os tesoureiros do PT e que, “com o advento da Operação Lava Jato, continuou a adotar o mesmo comportamento evasivo visto durante a crise do mensalão.”

Se entrar no governo, o ex-presidente ganha foro privilegiado de julgamento e, caso seja denunciado, uma ação contra ele terá de ser julgada pelo STF, saindo da alçada do juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na primeira instância. Moro também é o encarregado de decidir se aceita ou não o pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente, que foi apresentado pelo Ministério Público de São Paulo. O MP paulista acusa o petista de ocultar um tríplex no Guarujá, no litoral paulista, reformado pela OAS. O ex-presidente nega a propriedade do imóvel e de um sítio em Atibaia (SP), que recebeu benfeitorias de empresas investigadas no esquema de corrupção do petrolão.

Conselhão – Apesar dos senões, ministros ainda avaliam que Lula pode aceitar o convite de Dilma. A ideia é que, além de cuidar da articulação política do governo com o Congresso, na ofensiva contra o impeachment, ele fique responsável pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. O Conselhão, como é conhecido, foi montado em 2003, no primeiro mandato de Lula, e reúne representantes do governo, de sindicatos, movimentos sociais e empresários – e foi abandonado por Dilma.

O ex-presidente condicionou a entrada na equipe a uma espécie de carta branca para mudar os rumos do governo e até mesmo a política econômica. A deputados e senadores do PT, Lula chegou a afirmar que a salvação de Dilma depende de uma guinada na economia. Assustado com o tamanho dos protestos do último domingo, os maiores da história do país, e com a atual debandada dos aliados, principalmente do PMDB, Lula avalia que o governo e o PT precisam anunciar medidas para o “andar de baixo” porque só isso impedirá a queda da presidente.

Continua após a publicidade

Leia também:

Delcídio detalha propina a Marcos Valério a mando do governo Lula

Lula tinha medo de ver filhos na CPI do Carf, diz Delcídio

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.