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Lula deixa hospital e descansa em São Bernardo do Campo

Segundo médico, ex-presidente ainda não sente efeitos colaterais da químio

Por Adriana Caitano e André Vargas
1 nov 2011, 14h34

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou às 15h34 desta terça-feira o Hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo, após um dia internado para sua primeira sessão de quimioterapia. De carro e acompanhado pela mulher, Marisa Letícia, ele seguiu para sua casa, em São Bernardo do Campo, onde chegou às 16h20. Ele passará o dia em repouso. Um pequeno grupo de apoiadores esperava a chegada de Lula em São Bernardo, com duas faixas. No sábado, Lula foi diagnosticado com câncer na laringe. O tratamento deve se estender até fevereiro. O presidente do Instituto Cidadania e amigo do ex-presidente, Paulo Okamoto, acompanhou Lula no hospital e na viagem. Segundo Okamoto, Lula está animado. “Ele fala de política e de como melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS).” Okamoto disse que Lula não mostrou preocupação em perder a barba ao longo do tratamento. “A preocupação dele agora é cuidar da saúde.” Leia também: Tumor de laringe não é um tipo raro de câncer, diz médico Lula chega ao hospital para primeira sessão de quimioterapia Voz de ex-presidente poderá ser afetada De acordo com o médico do ex-presidente, Roberto Kalil Filho, Lula não apresentou, por enquanto, efeitos colaterais da quimioterapia. A equipe médica que assiste ao ex-presidente concendeu entrevista em frente ao hospital logo após a alta. De acordo com o oncologista Artur Katz, Lula não sentiu náusea, uma reação comum à quimioterapia. “A maior preocupação dele durante a manhã era saber a que horas poderia almoçar”, disse Katz. O ex-presidente não terá nenhuma restrição alimentar, mas, possivelmente sentirá enjoo nos próximos dias. “Talvez ele se sinta um pouco cansado nos próximos dias, mas nada diferente do que poderia sentir com um resfriado forte.” Katz disse que, durante o tratamento, Lula seguirá vida normal e poderá até mesmo fazer exercícios. “Evidentemente não cumprirá a agenda de trabalho que ele habitualmente obedece, porque é muito pesada”. Segundo o médico, a voz do ex-presidente melhorou. “Parte do problema da voz se devia a um edema que ele tinha junto à lesão e o edema regride rapidamente. A voz está praticamente normal.” O oncologista Paulo Hoff afirmou que Lula voltará ao hospital daqui a vinte dias. “Até lá, ele vai continuar sendo observado e serão feitos alguns exames de sangue.” Pela manhã, Lula foi submetido a um exame que acompanha o funcionamento dos órgãos do corpo e analisa a possibilidade de haver outros tumores além do detectado na laringe no último sábado. De acordo com o cirurgião gastroenterologista Raul Cutait, porém, o procedimento foi feito apenas para observar o quadro clínico de Lula após sua primeira sessão de quimioterapia. “No caso dele já se sabe que não há outros tumores”, comentou. Kalil Filho disse que o exame não identificou qualquer anormalidade. Tratamento – Na tarde de segunda-feira, Lula passou por uma cirurgia para a inserção de um cateter sob a pele do lado direito do peito por meio do qual os medicamentos da quimioterapia são injetados na corrente sanguínea. As substâncias são incluídas por uma agulha acoplada a uma bomba de infusão que será retirada cinco dias após a operação. O ex-presidente não precisará voltar ao hospital para retirar a agulha. Fará o procedimento em casa mesmo. Na noite de segunda, a presidente Dilma Rousseff também o visitou. “Ele estava mais interessado em discutir o desempenho dos países da zona do euro”, declarou a presidente. “Lula tem um organismo muito forte. Ele é um guerreiro e enfrentará muito bem mais esse desafio. Tenho certeza que no ano que vem todos nós vamos ver ele participando do desfile da Gaviões da Fiel”, disse Dilma, referindo-se à homenagem que a escola de samba paulista prestará ao ex-presidente no próximo carnaval. Lula será submetido à segunda sessão de quimioterapia no final de novembro e à terceira em dezembro. Na segunda quinzena de janeiro será iniciado o tratamento de radioterapia, com previsão para terminar no fim de fevereiro.


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