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Lula afirma que a política é “uma doença”. Prepare-se: ele não está curado

Em palestra para militares na ESG, ex-presidente nega que tenha planos de se candidatar em 2014 e diz que Dilma só não concorre "se ela não quiser"

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 jul 2011, 17h03

O intuito da palestra do petista foi falar sobre Brasil, o país do futuro. E o futuro do Brasil, para Lula, está no passado – mais precisamente nos oito anos do governo Lula

Em um rompante de extrema sinceridade, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu, na manhã desta sexta-feira, no Rio: “A política é uma doença”. Passados seis meses de sua derradeira descida da rampa do Palácio do Planalto, Lula já visitou 20 países e, em todos eles, como no que fez hoje na Escola Superior de Guerra, tratou de uma infinidade de temas, sempre com foco nas benfeitorias de seus oito anos de governo. Quem assistiu à palestra na ESG saiu convencido: ele não está curado.

Apesar do fervor eleitoral de sua palavras, Lula rejeita o quanto pode a imagem de pré e de eterno candidato. Mas não é certo que os militares que presenciaram a hora e meia de Lula tenham acreditado. Em resposta à entrevista de José Serra ao jornal espanhol El País, na qual o tucano afirmou que Lula nunca deixou de estar em campanha, o ex-presidente afirmou que a candidata para 2014 é Dilma Rousseff. “Só há uma hipótese de Dilma não ser candidata: ela não querer”, reforçou. “Ele (Serra) está mais preocupado se ele é candidato do que eu estou. Ele que se incomode com ele. Comigo, pode deixar que tomo minhas decisões. Quem foi presidente e fez o que eu fiz acho que cumpri com a minha parte”, disse Lula, que continua Lulíssimo.

Ladeado por seus maiores aliados no estado, o governador Sérgio Cabral e o vice-governador Luiz Fernando Pezão, e pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, Lula voltou a velhos temas. Entre eles, a auto-estima brasileira, o “complexo de vira-lata” do brasileiro, pobreza e oposição. A cadeira brasileira no Conselho de Segurança da ONU, uma de suas obsessões, também esteve na pauta, para alegria da platéia majoritariamente fardada.

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O intuito da palestra do petista foi falar sobre Brasil, o país do futuro. E o futuro do Brasil, para Lula, está no passado – mais precisamente nos oito anos do governo Lula. Sobre isso, citou números da indústria naval e impressões sobre a economia. “Hoje é uma época de ouro porque as coisas estão acontecendo menos por decisão dos outros e mais por decisões soberanas do próprio povo brasileiro”, afirmou.

O ex-presidente saiu em defesa de quem entende do tema: o ministro Jobim – da Defesa – que admitiu ter votado em José Serra em 2010, não em Dilma, a quem é subordinado atualmente. “O fato de quem ele votou é irrelevante. Está cheio de gente que votou no Serra e agora gosta de mim, e vice-versa. Não podemos fazer política achando que quem não votou na gente é pior do que quem votou”, afirmou.

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