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Lobista e Cerveró devem ser os próximos denunciados

Negociatas na Diretoria Internacional da Petrobras, comandada à época por Nestor Cerveró, será o próximo alvo dos investigadores da Lava Jato

Por Daniel Haidar, de Curitiba
13 dez 2014, 16h05

O lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, e o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró devem ser os próximos suspeitos denunciados pelo Ministério Público Federal por participação no petrolão, o bilionário esquema de corrupção montado por empreiteiras, políticos e funcionários públicos da Petrobras.

A peça de acusação contra Fernando Baiano e Cerveró é aguardada para a próxima semana. Baiano foi o único que não denunciado dos doze presos na sétima etapa da Operação Lava Jato. O lobista é considerado o principal operador do PMDB na estatal, responsável por garantir facilidades e vantagens em contratos feitos pela Diretoria Internacional, comandada por Cerveró.

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Não foram as únicas provas. Durante as investigações, foram apreendidos documentos em que pagamentos ao lobista foram igualmente detalhados. Também está em investigação o repasse de uma sala comercial, no centro do Rio de Janeiro, por Fernando Baiano ao ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque. A transação pode ter sido uma operação de lavagem de dinheiro, sem efetivo desembolso de recursos, feita para recompensar Duque, de acordo com uma das hipóteses investigadas.

A denúncia contra os dois fecha uma das pontas do petrolão. Os investigadores sabem que nas diretorias de Abastecimento, Serviços e Internacional as empreiteiras conseguiam benefícios e fraudavam licitações em troca de propina para políticos, operadores e funcionários públicos. Renato Duque, ex-diretor de Serviços, também foi preso, mas obteve o direito de responder em liberdade e deve ser denunciado somente no ano que vem.

As três diretorias foram, pelo menos de 2004 a 2012, território livre para as negociatas de operadores, funcionários e empresários corruptos. Um dos negócios atribuídos a Cerveró em investigação é a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, que deixou um prejuízo superior a 1 bilhão de dólares para os cofres da estatal. A transação teve a participação de lobistas e pagamentos de propina no exterior estão em análise.

Também passaram a ser investigadas situações denunciadas por um funcionário de carreira da estatal, que procurou espontaneamente a Polícia Federal em abril para relatar irregularidades no afretamento de embarcações e na negociação de blocos de petróleo na África.

A primeira leva de denúncias, apresentadas nesta quinta-feira, contra 23 executivos de empreiteiras, o ex-diretor Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e subordinados por corrupção na Diretoria de Abastecimento foi apenas o começo da investigação contra corruptores e corrompidos.

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‘O primeiro pacote’

ALBERTO YOUSSEF

doleiro e principal operador do petrolão

PAULO ROBERTO COSTA

ex-diretor de Abastecimento da Petrobras

WALDOMIRO DE OLIVEIRA

empregado de Alberto Youssef, dono da MO Consultoria

CARLOS ALBERTO PEREIRA DA COSTA

advogado e gestor das empresas de Youssef, como a GDF Investimentos

JOÃO PROCÓPIO J. P. DE ALMEIDA PRADO

“laranja” de Youssef em contas no exterior

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ENIVALDO QUADRADO

empresário dono da Bonus-Banval

ANTÔNIO CARLOS FIORAVANTE B. PIERUCCINI

advogado

MÁRIO LÚCIO DE OLIVEIRA

funcionário de Alberto Youssef

MARCIO ANDRADE BONILHO

executivo da Sanko

ADARICO NEGROMONTE FILHO

irmão do ex-ministro das Cidades

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Mário Negromonte (PP)

JAYME ALVES DE OLIVEIRA FILHO

agente da PF que transportava dinheiro do bando

SÉRGIO CUNHA MENDES

vice-presidente da Mendes Júnior

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ROGÉRIO CUNHA DE OLIVEIRA

diretor de Óleo e Gás da Mendes Júnior

ÂNGELO ALVES MENDES

vice-presidente da Mendes Júnior

ALBERTO ELÍSIO VILAÇA GOMES

executivo da Mendes Júnior

JOSÉ HUMBERTO CRUVINEL RESENDE

executivo da Mendes Júnior

RICARDO RIBEIRO PESSOA

presidente da UTC

JOÃO DE TEIVE E ARGÔLO

executivo da UTC

SANDRA RAPHAEL GUIMARÃES

executiva da UTC

DALTON DOS SANTOS AVANCINI

presidente da Camargo e Corrêa

JOÃO RICARDO AULER

presidente do Conselho de Administração da Camargo e Corrêa

EDUARDO HERMELINO LEITE, “LEITOSO”

vice-presidente da Camargo e Corrêa

JOSÉ ALDEMÁRIO PINHEIRO FILHO,

vulgo “LÉO PINHEIRO”

presidente da OAS

AGENOR FRANKLIN MAGALHÃES MEDEIROS

diretor-presidente Internacional da OAS

MATEUS COUTINHO DE SÁ OLIVEIRA

diretor-financeiro da OAS Petróleo e Gás

JOSÉ RICARDO NOGUEIRA BREGHIROLLI

executivo da OAS

FERNANDO AUGUSTO STREMEL ANDRADE

executivo da OAS

JOÃO ALBERTO LAZZARI

executivo da OAS

DARIO DE QUEIROZ GALVÃO FILHO

presidente e dono da Galvão Engenharia

EDUARDO DE QUEIROZ GALVÃO

diretor da Galvão Engenharia

JEAN ALBERTO LÜSCHER CASTRO

diretor presidente da Galvão Engenharia

ERTON MEDEIROS FONSECA

diretor presidente da Divisão de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia

GERSON DE MELLO ALMADA

executivo da Engevix

CARLOS EDUARDO STRAUCH ALBERO

diretor técnico da Engevix em Osasco (SP)

NEWTON PRADO JUNIOR

diretor técnico da Engevix em Santos (SP)

LUIZ ROBERTO PEREIRA

executivo da Engevix

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