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Líder da bancada da bala teme que greve de PM se alastre e pede serenidade

Capitão Augusto (PL-SP) diz que carreira policial vive precarização, mas que a frente parlamentar que lidera é contrária 'a qualquer tipo de paralisação'

Por André Siqueira 21 fev 2020, 12h36

Presidente da Frente Parlamentar de Segurança Pública, grupo de congressistas conhecido como “bancada da bala”, o deputado federal Capitão Augusto (PL-SP) disse temer que o movimento dos policiais militares do Ceará, que realizam um motim desde a terça-feira 18, se alastre para outros estados do país. “Estamos monitorando e preocupados com a situação da Polícia Militar do Ceará, em especial de esse movimento alastrar para as PMs de outros estados”, diz em nota.

Capitão Augusto destaca a falta de um piso nacional salarial como um dos fatores da precarização da carreira da categoria. “Infelizmente não temos sequer uma dotação orçamentária obrigatória para segurança, assim como ocorre com a educação e a saúde”, diz no texto. O parlamentar também destaca que uma eventual continuidade da paralisação dos policiais no Ceará impactará, além da segurança pública, o comércio, o turismo e o funcionamento de escolas e indústrias locais. Na quarta-feira 19, antes do senador Cid Gomes (PDT-CE) ser baleado, homens encapuzados em carros da Polícia Militar ordenaram que comerciantes do centro de Sobral baixassem as portas – algumas lojas só voltaram a abrir com a intervenção da Polícia Civil e da Guarda Municipal.

O deputado também afirma que a bancada da bala é contrária “a qualquer tipo de paralisação por parte dos policiais” e pediu “serenidade e responsabilidade para os líderes dos movimentos, mas também estamos solicitando reuniões com os governadores, presidentes da Câmara e do Senado para discutir o assunto”. A Constituição Federal afirma, no artigo 142, que “ao militar são proibidas a sindicalização e a greve”.

A paralisação dos militares cearenses remonta a dezembro do ano passado, quando policias e bombeiros militares ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa do Ceará reivindicando um reajuste salarial. “Se não melhorar, a polícia vai parar”, gritavam os manifestantes. O governador Camilo Santana (PT) prometeu, então, enviar uma proposta de reestruturação de carreira, anunciada no fim de janeiro deste ano. De acordo com a proposta do governo, o salário policiais militares e civis, bombeiros e peritos forenses seria aumentado, progressivamente, até 2022, de 3,2 mil reais para 4,2 mil reais.

Diante da insatisfação da categoria, o Executivo estadual aumentou a proposta para 4,5 mil reais, mantendo os reajustes progressivos até 2022. No dia 13 de fevereiro, o governo anunciou o acordo com os militares, mas um grupo ligado a uma associação da categoria se manteve insatisfeito.

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