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Lava Jato prende ex-vereador do PT e mira contratos do Planejamento

Alexandre Romano é apontado como operador que antecedeu Milton Pascowitch no esquema que beneficiou José Dirceu. Pagamentos se deram até o mês passado, diz PF

Por Da Redação
13 ago 2015, 08h47

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a 18ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Pixuleco II. Setenta agentes cumprem onze mandados em Brasília, Porto Alegre e São Paulo, sendo um de prisão temporária e dez de busca e apreensão. O preso é Alexandre Corrêa de Oliveira Romano, ex-vereador de Americana (SP) pelo PT, entre os anos de 2001 e 2004.

A Pixuleco II mira os negócios de um novo operador, Romano, identificado pela força-tarefa a partir de informações obtidas na operação anterior, a Pixuleco. Segundo a Polícia Federal, ele arrecadou mais de 50 milhões de reais em propina a partir de contratos de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento. Os pagamentos de vantagens ilícitas se davam por meio de empresas de fachada. A fase anterior da Lava Jato foi responsável por levar de volta à cadeia o ex-ministro da Casa Civil e mensaleiro condenado José Dirceu, apontado pelo Ministério Público Federal como um dos responsáveis por instituir o petrolão, quando ainda ocupava um dos principais cargos do governo Lula.

O esquema desarticulado nesta quinta-feira funcionou até o mês passado – mais de um ano depois do início da operação, de acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público. Segundo os investigadores, a fraude “transbordou suas fronteiras” e atinge também o Ministério do Planejamento.

De acordo com o procurador federal Roberson Pozzobon, o lobista Milton Pascowitch, que fechou acordo de delação premiada, afirmou aos investigadores que “represava” o dinheiro recebido das empresas que pagavam propina no petrolão para “abrir as comportas” a João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, no esquema em vigor no Planejamento. “Portanto, a ligação entre os casos é visceral”, explicou.

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Preso nesta manhã, o ex-vereador petista Alexandre Romano é apontado como o operador que antecedeu Pascowitch no esquema. Ele continuou a receber dinheiro mesmo com a chegada do lobista. “Ao contrário da situação das nossas represas, a quantidade de propina movimentada está bem longe do volume morto”, afirmou Pozzobon.

O esquema criminoso teve início em meados de 2010, segundo a Polícia Federal. As suspeitas sobre os desvios surgiram na 17ª etapa da Lava Jato, intitulada Pixuleco, e envolvem empresas do grupo Consist, que fechou contratos com o Planejamento para operar o software que faz pagamentos de empréstimos consignados a servidores federais. Por meio da emissão de notas fiscais falsificadas, as empresas desviavam dinheiro público. Já foram comprovados até o momento, segundo a PF, desvios superiores a 52 milhões de reais – 20% desse valor foi repassado à empresa Jamp, de Pascowitch, e então destinados a Vaccari.

(Da redação)

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