Assim que viu o cerco se fechar contra o deputado cassado André Vargas (ex-PT-PR) na Operação Lava Jato, o publicitário Ricardo Hoffmann, que foi da agência Borghi/Lowe, tentou negociar com o Ministério Público um acordo de delação premiada para detalhar como o ex-político petista embolsava propina a partir de um esquema de desvio de dinheiro dos bônus de volume de propagandas. A própria agência Borghi, como pessoa jurídica, também tentou negociar com os investigadores, mas os procuradores da força-tarefa rejeitaram a possibilidade de acordo nos dois casos. Agora, a cartada final de Hoffmann é um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Mas as chances são pequenas: o desembargador convocado Newton Trisotto, relator dos casos do petrolão na Corte, não concedeu liberdade a nenhum dos investigados na Lava Jato. O grupo Mullen Lowe Brasil disse estar “cooperando ativamente com as investigações em andamento”. (Laryssa Borges, de Brasília)