Lava Jato isola o PT em Curitiba, berço da operação

Com dificuldades para firmar alianças, partido lançou o candidato Tadeu Veneri em uma chapa pura para as eleições de outubro

Por Nicole Fusco SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 24 ago 2016, 15h12 - Publicado em 23 ago 2016, 12h39

Manifestantes protestam na frente da Justiça Federal, em Curitiba, contra a nomeação do ex-presidente Lula no cargo de ministro da Casa Civil, nesta quinta-feira (17) — Protesto em frente à sede da Justiça Federal em Curitiba (Heuler Andrey/AFP)

Na República de Curitiba, o PT está só. O candidato do partido, Tadeu Veneri, não formou coligação e disputa a prefeitura em chapa pura. Tradicionalmente, os eleitores da capital paranaense optam por candidatos de centro-direita. Mas o desgaste petista se faz sentir como nunca nestas eleições: a sigla lançará apenas 23 candidatos a vereador.

Como define o cientista político Bruno Bolognesi, da Universidade Federal do Paraná, o candidato petista deve apenas “cumprir tabela”. Os demais apostam no conservadorismo do eleitorado. Rafael Greca e Ângela Amin, que já estiveram à frente do Palácio 29 de Março, investem na memória do eleitor.

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Também se lançam na disputa o atual prefeito, que concorre à reeleição, Gustavo Fruet (PDT), filho do ex-prefeito Maurício Fruet (1983-1985); Requião Filho (PMDB), herdeiro do senador Roberto Requião (PMDB-PR) e Maria Victoria, filha do atual ministro da Saúde, Ricardo de Barros (PP) com a vice-governadora do Estado, Cida Borguetti (PP).

O cenário eleitoral conta ainda com as candidaturas de Ney Leprevost (PSD), Ademar Pereira (PROS), Xênia Mello (PSOL) e Afonso Rangel (PRP) – que nunca ocuparam cargos eletivos.