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Lava Jato denuncia mensaleiro João Cláudio Genu por R$ 6 mi em propina

Ex-assessor do PP deve responder na Justiça pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro; mulher de Genu também foi denunciada

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 jun 2016, 10h14

A procuradoria da força-tarefa da Lava Jato denunciou na noite desta quinta-feira o ex-assessor e ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na denúncia, ele é acusado de receber diretamente cerca de 6 milhões de reais em propina do esquema de corrupção instalado na Petrobras. A esposa de Genu, Cláudia Contijo, também foi denunciada por ocultação de bens por ter usado os recursos ilícitos para comprar joais, no valor de 134.000 reais.

Além do casal, o MPF também ofereceu denúncia contra Rafael Angulo, Jayme Alves e Carlos Rocha, o “Ceará”, suspeitos de terem entregado o dinheiro em espécie a Genu a mando do doleiro Alberto Youssef; e Lucas Amorin Alves, que era sócio do ex-assessor parlamentar.

A procuradoria acusa ainda o ex-tesoureiro de ser o intermediário do pagamento de 357,9 milhões em propina ao PP, entre 2007 e 2012. O valor corresponde a 1% dos contratos firmados pela área de Abastecimento da Petrobras, comandada à época por Paulo Roberto Costa, indicado ao posto pelo PP e hoje um dos principais delatores da Lava Jato. A “comissão” teria sido paga pelas empreiteiras Engevix, Galvão Engenharia, Camargo Corrêa, UTC Engenharia, Mendes Júnior e OAS para a viabilização dos negócios com a estatal.

Com base na estimativa desse montante, o MP pediu à Justiça que cobre dos acusados um valor mínimo de 357,9 milhões de reais como “reparação de danos” aos cofres públicos.

Genu está preso desde maio, quando foi deflagrada a 29ª fase da Lava Jato, batizada de Repescagem. O nome da operação foi uma referência direta ao ex-assessor, que já foi condenado no processo do mensalão por suspeita de ter embolsado 1,1 milhões de reais das empresas de Marcos Valério. Segundo os autos da Lava Jato, ele teria recebido dinheiro do petrolão, enquanto era processado no mensalão, o que mostra “indícios de profissionalismo e habitualidade na prática do crime“, conforme escreveu o juiz Sergio Moro ao decretar a sua prisão preventiva na ocasião.

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