Justiça manda soltar ex-gerente da Petrobras e doleiro presos na Lava Jato
Força-tarefa entendeu que não havia provas suficientes para manter o ex-gerente Roberto Gonçalves e o doleiro Nelson Martins Ribeiro na prisão por mais tempo
O juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na Justiça Federal no Paraná, mandou soltar nesta quarta-feira o ex-gerente de Engenharia e Serviços da Petrobras Roberto Gonçalves e o doleiro Nelson Martins Ribeiro, presos temporariamente na 20ª fase da Lava Jato, batizada de Corrosão, deflagrada na semana passada e que mirou e fraudes nas refinarias de Pasadena e Abreu e Lima, em Pernambuco.
“Considerando que a prisão temporária cumpriu o seu objetivo e que não há requerimento de prisão preventiva, é o caso de determinar a soltura do investigado”, afirmou Moro nas decisões sobre os dois investigados. Apesar de soltos, eles estão proibidos de deixar o país e devem cumprir determinações da Justiça como não mudar de endereço e comparecer a todos os atos processuais.
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Ambos tiveram a prisão temporária, que tem duração de cinco dias, prorrogada no último dia 20 e, desde então, a força-tarefa da Lava Jato considerou que não havia mais elementos para mantê-los presos por mais tempo. As investigações apontam que Roberto Gonçalves teria recebido ao menos 1,6 milhão de dólares em propinas sobre contratos do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). A acusação foi feita pelo lobista Mário Góes, apontado como operador de propinas na Diretoria de Serviços pelos investigadores da Lava Jato, e um dos delatores do esquema de corrupção instalado na estatal entre 2004 e 2014.
Já Nelson Ribeiro é acusado pela Procuradoria da República de lavar dinheiro para a Odebrecht por intermédio de sua casa de câmbio, N e A Viagens Turismo e Câmbio Ltda.
Por meio de nota, a Odebrecht disse que “refuta as imputações feitas pelo Ministério Público Federal. A empresa não tem relacionamento com a pessoa citada, tampouco é detentora das contas em questão”, disse.
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(Com Estadão Conteúdo)