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Justiça italiana quer que Brasil garanta direitos de Pizzolato na cadeia

Em caso de extradição, o mensaleiro deve ter acesso à penitenciária com celas para apenas um preso e janelas grandes. Pedido ainda está em análise

Por Da Redação
16 abr 2014, 09h18

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu na terça-feira que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, indique estabelecimento prisional para abrigar Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil e condenado no julgamento do mensalão, caso a Itália decida pela extradição. O mensaleiro está preso na cidade de Modena, norte do país.

Janot afirmou que as autoridades italianas querem garantir a Pizzolato “os direitos fundamentais da pessoa humana” dentro de presídio brasileiro. O procurador-geral da República encaminhou o mesmo pedido ao Ministério da Justiça.

O governo brasileiro pediu a extradição para que Pizzolato cumpra pena no Brasil, mas ainda não obteve resposta. O caso é polêmico porque ele tem dupla cidadania (brasileira e italiana) e, por isso, o governo italiano pode se recusar a extraditá-lo.

Segundo a Procuradoria, o exigência do Ministério Público italiano está prevista no tratado de extradição entre os dois países. Ao Ministério da Justiça, Janot solicitou que o ministro José Eduardo Cardozo aponte estabelecimentos prisionais no Rio de Janeiro, em Santa Catarina e no Distrito Federal, cidades onde Pizzolato tem ligações familiares ou profissionais, nos quais sejam “observados os direitos fundamentais da pessoa humana”.

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“Para integral cumprimento da solicitação italiana entende esta Procuradoria Geral que a unidade prisional deverá observar as diretrizes do artigo 5º da Constituição Federal, a Lei das Execuções Penais, a Convenção Americana de Direitos Humanos e as Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento de Prisioneiros”, afirma Janot ao ministro da Justiça.

As regras da ONU incluem, entre outras, recomendações como: “celas ou quartos destinados ao isolamento noturno não deverão ser ocupadas por mais de um preso”; e “janelas deverão ser suficientemente grandes para que os presos possam ler e trabalhar com luz natural, e deverão estar dispostas de modo a permitir a entrada de ar fresco”.

Pizzolato foi condenado a doze anos e sete meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato. Ele fugiu do Brasil antes de ir para a cadeia. O ex-diretor do Banco do Brasil foi capturado em fevereiro na Itália. Em março deste ano, o governo brasileiro pediu a extradição de Pizzolato.

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