Justiça autoriza trabalho a ex-advogado de Marcos Valério
Além de Rogério Tolentino, outros quatro mensaleiros já tiveram aval para trabalhar, entre eles o ex-tesoureiro Delúbio Soares

A Vara de Execuções Criminais de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), deu aval para que o ex-advogado de Marcos Valério, Rogério Tolentino, condenado no julgamento do mensalão, comece a trabalhar fora do presídio José Maria Alkimin, onde cumpre pena. A documentação de Tolentino ainda está sendo providenciada para que ele possa começar a trabalhar.
Nesta quinta-feira, o ex-deputado Romeu Queiroz, que havia engrossado a lista dos condenados que receberam autorização da Justiça para trabalhar, começou a cumprir expediente em sua própria empresa, a RQ Participações, especializada em consultoria de contabilidade. Queiroz ocupará o cargo de gerente administrativo e financeiro da companhia, terá salário de 4.000 reais e cumprirá jornada de segunda a sexta-feira, das 8 horas às 18 horas e, aos sábados, no período da manhã. De acordo com o Tribunal de Justiça mineiro, Tolentino também trabalhará na RQ Participações, do amigo Queiróz, em Belo Horizonte. O cargo que exercerá e o valor do salário de Tolentino ainda não foram divulgados pela Vara de Execuções Criminais.
Até agora, cinco mensaleiros obtiveram o direito de exercer atividade remunerada externa enquanto cumprem as penas em regime semiaberto. Além de Queiroz e Tolentino, têm o benefício do trabalho externo o ex-assessor Jacinto Lamas, o ex-deputado Pedro Henry (PP-MT) e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. A expectativa é que a situação do ex-ministro José Dirceu, apontado como o chefe da quadrilha do mensalão, seja definida até a próxima semana.
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Na terça-feira, dois servidores da Vara de Execuções Penais do DF, responsáveis por analisar parte dos pedidos formulados pela defesa dos mensaleiros, visitaram o escritório do advogado criminalista José Gerardo Grossi para fazer uma inspeção do que deve ser o futuro local de trabalho do ex-ministro José Dirceu. A proposta é que o condenado trabalhe na organização da biblioteca do jurista e receba salário de 2.100 reais mensais.