Justiça aceita denúncia contra dupla presa por vandalismo em SP
Fábio Harano e Rafael Lusvarghi tornam-se réus por associação criminosa e posse de artefato explosivo, informa jornal
O juiz Marcelo Matias Pereira, da 10ª Vara Criminal de São Paulo, aceitou denúncia do Ministério Público contra Fábio Hideki Harano, de 26 anos, e Rafael Marques Lusvarghi, de 29, presos em um ato contra a Copa do Mundo no dia 23 de junho, no centro de São Paulo. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. Os dois agora são réus na Justiça pelos crimes de incitação ao crime, associação criminosa, desobediência e posse de artefato explosivo – Lusvarghi também responde por resistência à prisão. Se condenados, eles podem cumprir pena de até quatorze anos de prisão em regime fechado. Na ocasião, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, apresentou a dupla como os primeiros black blocs presos em flagrante na capital.
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A denúncia, oferecida à 10ª Vara Criminal pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, foi fundamentada na investigação conduzida pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que desde outubro do ano passado acompanha a ação de black blocs, os vândalos mascarados que deixam um rastro de destruição em protestos. Ambos negam as acusações.
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Em 26 de junho a Justiça decretou prisão preventiva dos dois manifestantes. O funcionário da USP Fábio Harano está encarcerado no Centro de Detenção Provisória de Tremembé, no interior de São Paulo, e o professor de inglês Rafael Lusvarghi no 8º Distrito Policial, no centro da capital. Nesta terça-feira o Tribunal de Justiça negou recurso que pedia a soltura de Harano.