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Justiça aceita denúncia contra 4 por cocaína no helicóptero dos Perrella

Ministério Público denunciou o piloto e o copiloto da aeronave e mais duas pessoas por tráfico de drogas e associação para o tráfico

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 jan 2014, 16h55

A Justiça Federal do Espírito Santo aceitou a denúncia do Ministério Público Federal no Estado contra quatro pessoas envolvidas no transporte de 445 quilos de cocaína em um helicóptero da família do senador Zezé Perrella (PDT-MG). Os réus são o piloto e o copiloto da aeronave, Rogério Almeida Antunes e Alexandre José de Oliveira Júnior, respectivamente, e os dois homens que descarregaram a droga, Robson Ferreira Dias e Everaldo Lopes de Souza. Os quatro foram presos em flagrante quando o helicóptero pousou numa fazenda em Afonso Cláudio, no interior capixaba, em novembro. Um quinto denunciado pelo MPF, Elio Rodrigues, não é citado na sentença – ele foi apontado como o dono do terreno onde a aeronave foi apreendida.

Na sentença, os réus responderão por tráfico de drogas e associação ao tráfico, e terão dez dias para apresentar defesa contados a partir da última sexta-feira, quando a decisão foi publicada pelo juiz titular, Marcus Vinicius Figueiredo de Oliveira Costa.

O helicóptero está registrado em nome da Agropecuária e Participações LTDA, que foi fundada pelo senador Perrella e agora pertence aos seus filhos, o deputado estadual Gustavo Perrella (Solidariedade) e Carolina Perrella. Após ser apreendido, o helicóptero foi confiscado pelo governo do Espírito Santo. Na decisão, o magistrado manteve a ordem de apreensão, argumentando que a legislação federal prevê o confisco com a “existência ou não de boa-fé” por parte do senador e do deputado. A Polícia Federal e o MPF não viram indícios de envolvimento dos parlamentares no caso.

O juiz também autorizou o encaminhamento do inquérito à Procuradoria-Geral da República por causa de Zezé Perrella.

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Caso – Segundo a investigação, o piloto aceitou fazer o translado da droga por 50.000 reais a convite do copiloto. Ambos disseram à Polícia Federal que não sabiam o conteúdo da carga. Antunes costumava voar com o deputado Perrella e era seu funcionário de confiança. Ele acumulava o emprego de piloto com o de agente de serviço na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, cargo pelo qual foi nomeado pelo parlamentar. Indagado sobre o amizade com o piloto, Gustavo disse ter se sentido traído e que não sabia do envolvimento com o tráfico de drogas. Antunes foi exonerado do cargo público.

Segundo a PF, a cocaína saiu do Paraguai. De lá, o helicóptero partiu para São Paulo, passou por Minas para abastecer e desceu em Afonso Cláudio (ES), onde a Polícia Militar e a Polícia Federal estavam de tocaia aguardando a chegada da droga. Os investigadores afirmaram se tratar de um caso de tráfico internacional pela quantidade de cocaína apreendida e por ela ter vindo de outro país.

A família Perrella está envolvida em outra investigação do Ministério Público de Minas Gerais por improbidade administrativa. A empresa criada pelo senador pedetista teria firmado contratos sem licitação com uma empresa do governo mineiro. A assessoria da família Perrella nega irregularidades nos negócios.

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