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Jungmann desvia e diz que não houve ‘acesso oficial’ a documento da CIA

Apesar do documento estar público no site da agência americana, ministro disse que cooperação é necessária para decidir o 'que se possa e deva fazer'

Por Agência Brasil Atualizado em 11 Maio 2018, 20h42 - Publicado em 11 Maio 2018, 18h53

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, evitou comentar o memorando da CIA que revelou que o general Ernesto Geisel, presidente do Brasil entre 1974 e 1979, no período da ditadura militar, autorizou o Centro de Inteligência do Exército (CIE) a continuar a política de execuções sumárias contra opositores do regime.

Para Jungmann, apesar do documento ser público, não houve “acesso oficial de governo a governo para poder fazer um comentário”. O ministro afirmou que, só assim, as informações poderão ser confirmadas e ser definido o “que se possa e que se deva fazer”.

O memorando, agora tornado público pelo Departamento de Estado dos EUA, data de 11 de abril de 1974 e é assinado pelo então diretor da CIA Willian Colby e endereçado ao secretário de Estado dos EUA na época, Henry Kissinger. Nele, Colby detalha que Geisel, ao assumir o poder, foi informado de que 104 pessoas haviam sido mortas em 1973 pelo governo de Emílio Garrastazu Médici (1969-1974).

Na ocasião, o CIE, órgão responsável pela política de tortura e assassinatos de adversários políticos da ditadura, recebeu autorização de Geisel para manter o método, mas restringido aos “casos excepcionais”, que envolvessem “subversivos perigosos”. Além do aval do Palácio do Planalto, as execuções deveriam ser precedidas de consulta ao então diretor do Serviço Nacional de Informações (SNI), general João Baptista Figueiredo, que viria a ser o sucessor de Geisel na Presidência da República, entre 1979-1985.

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Prestígio

Jungmann ressaltou que o prestígio das Forças Armadas permanece “nos mesmos níveis em que se encontram até aqui”. “Por uma razão muito simples: as Forças Armadas brasileiras são um ativo democrático que o país hoje tem. E isso, evidentemente que não é tocado por uma reportagem”, acrescentou.

Sobre um possível pedido ao governo americano dos documentos, Jungmann disse que essa não é uma decisão da sua pasta. “Não vou invadir uma outra área. Eu fui ministro da Defesa, não sou mais. Hoje estou na área de Segurança. Quem deve tomar essa decisão são aqueles que são responsáveis por essa área. Não me cabe, portanto, invadir a competência de outro ministro e muito menos uma decisão governamental”, disse a jornalistas.

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