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Juiz nega pedido da defesa e mantém prisão preventiva de Geddel

A Justiça também autorizou que a esposa do doleiro Lúcio Funaro preste depoimento à PF para falar se foi pressionada pelo ex-ministro

Por Da Redação
Atualizado em 6 jul 2017, 14h34 - Publicado em 6 jul 2017, 12h49

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Criminal de Brasília, negou nesta quinta-feira um pedido da defesa de Geddel Vieira Lima e manteve o ex-ministro preventivamente. “Não tenho elemento para dizer neste momento que não há indício de crime. Desse modo, eu mantenho aqui o que coloquei na decisão de que há indícios de autoria e materialidade quanto a Geddel” afirmou o juiz, em audiência de custódia realizada nesta manhã.

Geddel foi preso preventivamente na segunda por determinação da Justiça Federal. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), ele estaria tentando obstruir a investigação de suspeitas de irregularidades na liberação de recursos da Caixa Econômica Federal. A prisão preventiva foi pedida pela Polícia Federal (PF) e pelos integrantes da força-tarefa da Operação Cui Bono, a partir de informações fornecidas em depoimentos do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, do empresário Joesley Batista e do diretor jurídico do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva, sendo os dois últimos em acordo de delação premiada.

Na terça, o ex-ministro foi transferido da Superintendência da PF, em Brasília, para a Penitenciária da Papuda, também na capital federal. Para o juiz Vallisney, há dois pressupostos para a manutenção da prisão: a ordem pública, por conta da reiterada conduta de Geddel, e as supostas ligações para a esposa de Funaro. O MPF argumenta que Geddel tentou obstruir a Justiça ao tentar pressionar Funaro a não fazer delação premiada.

Ao negar a liberdade a Geddel, o juiz autorizou que a esposa de Funaro, Raquel Pitta, seja ouvida pela PF para falar se houve pressão do ex-ministro. Além disso, o juiz solicitou perícia no aparelho celular de Raquel pelo qual falou com o ex-ministro. “Esses telefonemas reconhecidos pelo Geddel são existentes de modo que, com eles, o quadro parece grave”, afirmou Vallisney.

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A defesa chegou a pedir a substituição da prisão preventiva por outras medidas cautelares como a prisão domiciliar e uso de tornozeleira eletrônica, mas Vallisney afirmou que antes precisa ouvir a esposa de Funaro e analisar os documentos reunidos pela defesa de Geddel.

O ex-ministro esteve presente na audiência e disse cooperar com a Justiça. “Tudo que fiz ou deixei de fazer foi por orientação dos advogados”. A defesa disse que Geddel entregará a senha do celular apreendido pela PF e que ele abriu mão do sigilo fiscal, telemático e bancário.

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De acordo com o ex-ministro, a acusação feita pelo MPF de que ele obstruiu o andamento das investigações não é verdadeira. “Tenho crença que não tomei atitude que possa ser interpretada como embaraço a Justiça”, afirmou. Geddel ainda negou ter pressionado Funaro por meio de ligações para a sua esposa. “Em nenhum instante, impossível alguém demonstrar. Em nenhuma circunstância.”

Geddel disse que retornou a uma ligação da esposa de Funaro que “ficou marcada em seu celular” e que na conversa não houve nenhum tipo de pressão. Indagado novamente pelo procurador Anselmo Cordeio Lopes, Geddel afirmou que ligou “mais de dez vezes” para a esposa de Funaro. “Nunca indaguei se ela estava recebendo dinheiro.”

(Com Estadão Conteúdo)

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