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Judiciário tem nova dupla de zaga para enfrentar eleição presidencial

Futuros presidentes do STF e do TSE, Rosa Weber e Alexandre de Moraes devem fazer dobradinha para responder a ataques às instituições

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2022, 08h51 - Publicado em 30 jul 2022, 19h26

Algoz do presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por conduzir inquéritos sensíveis ao mandatário e a seus apoiadores, o ministro Alexandre de Moraes intensificou nas últimas semanas articulações com a futura presidente do STF Rosa Weber para que ambos, em parceria, deem respostas duras contra eventuais abusos de candidatos naquela que promete ser a eleição presidencial mais turbulenta dos últimos anos. Moraes assumirá a Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no próximo dia 16 em meio a recorrentes contestações de Bolsonaro e de seus seguidores à segurança das eleições e à higidez das urnas eletrônicas. Rosa substituirá Luiz Fux à frente do STF pouco depois do feriado de Sete de Setembro, dia em que haverá em todo o país atos políticos em favor do presidente que, acreditam ministros do STF, servirão de prévia para possíveis turbulências durante as eleições.

Embora tenham perfis públicos diferentes – Moraes ocupou cargos no Executivo antes de assumir uma cadeira na Suprema Corte enquanto Weber sempre teve perfil discreto ao longo da magistratura – a dobradinha entre os dois ministros apresenta um ponto de convergência crucial para que o Judiciário, alvo frequente de ataques bolsonaristas, responda à altura contra possíveis destemperos do presidente. A ideia com a intensificação das conversas entre ambos é que os dois juízes deem respostas duras à contestações antidemocráticas, propagação de fake news ou divulgação de teorias conspiratórias.

Avessa a holofotes e entrevistas, Rosa Weber, acreditam auxiliares, deve utilizar a abertura de sessões plenárias do Supremo para responder, em nome da Corte, à metralhadora verbal de Bolsonaro contra o Judiciário, enquanto de Alexandre de Moraes é esperado que conduza o TSE com mão de ferro e dê seguimento a ações de partidos políticos e do Ministério Público Eleitoral contra possíveis destemperos de Bolsonaro. Recentemente o ministro ironizou, por exemplo, interpretações de que ele estaria disposto a eventualmente contemporizar com o presidente da República.

Até agora coube a Alexandre, aliás, o recado mais duro da Justiça Eleitoral contra a propagação de fake news – em outubro passado ele disse que milicianos digitais irão para a cadeia se disseminarem conspiração e medo nas eleições, uma prática comezinha na disputa presidencial de 2018 e que na época não provocou efeitos judiciais concretos contra nenhum dos candidatos ao Planalto.

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