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José Serra cola em projetos do governo do estado

Tucano prometeu entregar obra viária do governo estadual na zona leste. Discurso faz parte de estratégia de campanha para mostrar feitos de Serra e exaltar parceria com Geraldo Alckmin

Por Carolina Freitas
7 ago 2012, 18h51

O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, fez nessa terça-feira uma promessa de campanha que só poderia cumprir se fosse eleito governador: concluir o prolongamento da Linha 2-Verde do Metrô, um monotrilho elevado que vai até Cidade Tiradentes, na zona leste da capital. A obra é de responsabilidade do governo do estado, comandado pelo tucano Geraldo Alckmin e conta com uma participação de apenas 6% da prefeitura. O custo total do projeto é de 3,9 bilhões de reais, sendo 245 milhões de reais do município. Com o discurso, Serra reforça duas estratégias de sua campanha: apresentar seus feitos de prefeito e de governador como frutos de uma só gestão contínua – afastando assim as críticas por ter abandonado o mandato de prefeito para concorrer ao estado – e mostrar sinergia com o governo estadual, que, na visão de Serra, é o parceiro fundamental da prefeitura – um contraponto ao discurso do adversário Fernando Haddad (PT), que promete trazer mais investimento federal para São Paulo por ser aliado da presidente Dilma Rousseff. “Nós vamos tocar essa obra até Cidade Tiradentes. São 25 quilômetros, dezessete estações e 500 000 passageiros por dia”, afirmou Serra, depois de visitar com um cortejo de pelo menos vinte apoiadores o pátio de obras da estação Oratório do monotrilho, enquanto os operários trabalhavam. Na comitiva estava o ex-governador Alberto Goldman (PSDB). A estação começou a ser construída em outubro de 2010 e, segundo o governo do estado, o primeiro trecho do monotrilho será entregue em 2013. A estrutura só chegará a Cidade Tiradentes, em 2016, quando, se eleito prefeito, Serra estará finalizando seu mandato. O candidato subiu as escadas ainda inacabadas da estação e fotografou com o celular a vista do 4º andar da estrutura, que ainda não tem grades de proteção – tudo registrado pela equipe de fotógrafo, cinegrafista e repórter da campanha. Do lado de fora, um carro de som tocava em alto volume o jingle da campanha, e cabos eleitorais agitavam bandeiras de candidatos a vereador. “Essa é uma obra de parceria financeira e administrativa entre estado e prefeitura”, disse o candidato em entrevista concedida do lado de fora do canteiro de obras – um cuidado para não infringir a lei eleitoral, que proíbe campanha dentro de equipamentos públicos. “O que deflagrou o transporte de trilhos em São Paulo nos últimos anos foi o fato de fazermos parceria entre estado e prefeitura. Fiz tanto quanto prefeito quanto como governador.” Na segunda-feira, quando a TV Globo passou a acompanhar diariamente a campanha eleitoral, Serra visitou também um prédio do governo estadual, um hospital da Rede de Reabilitação Lucy Montoro. A unidade foi inaugurada quando Serra era governador, em 2009. O governador Geraldo Alckmin esteve no hospital no início da visita, mas teve de ir embora às 14h30, quando, disse ele, terminou seu horário de almoço. Desde o início da campanha, Serra vem dando preferência a visitar iniciativas estaduais, como estações do Metrô, regiões próximas da Companhia do Trem Metropolitano (CPTM) e até uma biblioteca estadual. Ao mesmo tempo em que cola sua imagem a do governador Alckmin, Serra esconde um aliado útil nos bastidores, mas incômodo nas aparições públicas: o prefeito Gilberto Kassab (PSD), cuja gestão é considerada por 34% dos paulistanos ruim ou péssima.

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