José Sarney: Cachoeira precisa ser investigado
Presidente do Senado, que ficou afastado durante um mês para tratar de problemas de saúde, voltou ao trabalho nesta segunda-feira
Depois de um mês afastado para tratar de problemas de saúde, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), retornou ao Congresso Nacional nesta segunda-feira e defendeu que a CPI do Cachoeira investigue todo o esquema coordenado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira. O bicheiro, cujo depoimento está agendado para esta terça às 14 horas, é suspeito de orquestrar um esquema de cooptação de agentes públicos e privados.
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar nesta segunda um pedido da defesa de Cachoeira para que ele seja dispensado de prestar o depoimento. Na ação protocolada no STF na semana passada, os advogados alegam que Cachoeira não deve comparecer à CPI antes de conhecer os documentos que servirão de base para as indagações dos parlamentares. O ministro Celso de Mello vai analisar o caso.
“Cachoeira é a figura mais visada e que tem que ser investigada de toda maneira no máximo que for possível para averiguar até onde essa rede se estendia”, disse Sarney antes de participar das comemorações dos 46 anos de PMDB, em solenidade no Senado Federal. “A CPI é uma instituição que está prevista na Constituição. Ela tem autonomia e tem vida própria. Ela está trabalhando muito bem e deve manter essa linha sempre com o maior rigor procurando apurar e realmente coibir esses abusos que foram detectados”.
Também presente à cerimônia peemedebista, o vice-presidente da República e presidente licenciado do PMDB, Michel Temer, minimizou a possibilidade de a CPI do Cachoeira causar “embaraços” ao governo durante as investigações. “O governo não entrou nessa questão da CPI nem patrocinou nem pleiteou nada. Deixou por conta do Congresso. Não vejo nenhum embaraço. A CPI é uma atividade normal do Congresso”, afirmou Temer.