Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Joesley sobre Janot: ‘Foi covardia depois de tudo o que fizemos’

Em depoimento na Justiça Federal de São Paulo sobre crime em operação no mercado financeiro, dono da JBS afirma que está ‘pagando por ter delatado o poder’

Por Da Redação 15 set 2017, 18h57

O empresário Joesley Batista criticou nesta sexta-feira o que chamou de “covardia” do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, “depois de tudo o que fizemos”. Um dia antes, quando apresentou a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), o procurador também notificou o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, que estava rescindindo o contrato de delação premiada com os executivos da JBS.

“Foi covardia [de Janot] depois de tudo o que fizemos”, disse Joesley, em depoimento à Justiça Federal, em São Paulo, nesta sexta. O executivo depõe no âmbito da Operação Acerto de Contas, 2ª fase da Tendão de Aquiles, que investiga se a JBS fez uso de informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro. O executivo negou as acusações. “Estou pagando por ter delatado o poder”, afirmou o empresário à juíza Tais Ferracini, da 6ª Vara Criminal de São Paulo.

Desde domingo, o empresário e Ricardo Saud, diretor de relações institucionais da JBS e também colaborador, estão presos em Brasília – nesta sexta, Joesley deve passar a noite na sede da Polícia Federal em São Paulo. Ao comunicar a rescisão das colaborações, Janot também pediu a conversão da prisão temporária, cujo prazo terminava na quinta-feira para prisão preventiva, que não tem período máximo – o pedido foi aceito por Fachin.

A Procuradoria-Geral conseguiu resgatar áudios deletados de Saud e Joesley que indicam jogo-duplo do ex-procurador Marcello Miller. Por entender que eles omitiram fatos, os delatores, que conseguiram imunidade total após apresentarem à Procuradoria-Geral da República gravações incriminando Temer e outros políticos do alto escalão, perderam os benefícios do acordo.

Necessidade de caixa

Sobre o processo no qual prestou depoimento nesta sexta-feira, Josley disse que não houve irregularidade na venda de ações antes de vir a público a delação.  “As vendas das ações foram por um único e exclusivo motivo: necessidade de caixa”, disse Joesley. “As ações são nossos ativos líquidos. Os bancos restringiram crédito para nós, não renovaram suas linhas de crédito. As vendas da ação não têm nada a ver com insider trading [uso de informação privilegiada para obter lucro no mercado financeiro]”, completou.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.