Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Joesley pede a Fachin abertura de conta para pagar multa de delação

Ministro ainda tem de decidir se aceita rescisão do acordo a pedido da PGR; empresário acertou o pagamento de R$ 110 milhões

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 22 Maio 2018, 09h55 - Publicado em 22 Maio 2018, 09h40

A defesa do empresário Joesley Batista, do grupo J&F, pediu nesta segunda-feira (21) ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determine a abertura de uma conta judicial bancária para que Joesley deposite os valores combinados em seu acordo de colaboração premiada. O empresário acertou o pagamento de R$ 110 milhões em multa. A solicitação é feita enquanto delatores do grupo J&F esperam uma decisão de Fachin sobre a rescisão ou não de seus acordos.

Em dezembro, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, reforçou o requerimento de anulação das colaborações de Joesley e Ricardo Saud. Na última semana, foi a vez de a procuradora endossar a solicitação em torno de Wesley Batista e Francisco de Assis e Silva, também da J&F. A Procuradoria-geral da República (PGR) já rescindiu os acordos dos executivos, mas, para que percam seus efeitos, é preciso que o ministro do STF homologue a rescisão.

A defesa de Joesley destaca que a abertura da conta é necessária porque o vencimento da primeira parcela da multa ocorre no próximo dia 1º de junho. Em um dos termos do acordo, Joesley se comprometeu a pagar os R$ 110 milhões, sendo 80% dele destinado à União e 20% ao ressarcimento dos bens jurídicos prejudicados pelo crime de lavagem de dinheiro.

O trecho assinala que a multa será paga no prazo máximo de dez prestações anuais, devendo o saldo devedor ser corrigido pelo IPCA a partir do dia 1º de junho. Os acordos dos delatores da J&F foi homologado pelo STF em 11 de maio do ano passado.

Rescisão

Realizada antes em relação a Joesley e Saud, a rescisão dos acordos foi feita porque, segundo a PGR, os executivos omitiram “fatos criminosos” ao fechar a delação. No caso dois, são citados o suposto pagamento de R$ 500 mil ao senador Ciro Nogueira (PP-PI) para mudar o posicionamento no caso do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, a existência de uma conta bancária no Paraguai em nome de Ricardo Saud, e a participação de Marcelo Miller como defensor dos interesses da J&F quando ainda era procurador da República. A atuação de Miller também foi o motivo para a PGR rescindir os acordos de Wesley e Francisco.

No caso de Wesley, há o componente adicional, segundo Dodge, “por também ter praticado, após a celebração de seu acordo, crime de insider trading” — uso de informações privilegiadas para atuar no mercado financeiro. Wesley e o irmão Joesley são réus por essa denúncia na Justiça Federal em São Paulo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.